billshcot
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Há cada vez mais pessoas a desfazerem-se dos cavalos perante o custo que representa a estada num picadeiro. Em tempo de crise, 400 euros não são para qualquer bolsa, e muitos acabam mesmo por dar os animais. Fernando Carlos, equitador em Ponte de Sor, explica que em 2011 tinha, por esta altura do ano, 22 cavalos no picadeiro: actualmente tem 15 e está em risco de perder sete destes.
"No meu picadeiro, o preço mensal é de 350 euros, mas há locais onde são pedidos 400 euros. Os proprietários dos animais não têm esse dinheiro para manter os animais e optam por vendê-los, dar ou então levá--los para casa, ficando com o trabalho de cuidar deles", explica o equitador.
O aumento da oferta de equinos levou a uma rápida desvalorização. "Um cavalo que há um ano custava 15 mil euros, hoje é vendido por cinco mil euros", acrescenta Fernando Carlos. A desvalorização não significa, contudo, que os animais estejam a ser encaminhados para os talhos. "O preço para abate é muito mais baixo e não compensa", acrescenta o empresário. No matadouro, um animal terá um valor de 500 euros, pelo que são abatidos apenas animais que sofreram algum acidente, potros sem perfil ou éguas já de idade.
"Não há criação de cavalos para consumo em Portugal", explica Vital Simões, que na última semana abriu um talho na Brandoa, Amadora, consciente de que com a crise há maior procura desta carne: o bife não chega aos 6 euros/quilo e o hambúrguer custa 0,30 cêntimos.
CARNE COM VALOR NUTRICIONAL
A Bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, Laurentina Pedroso, refere que toda a carne de equinos que entra no consumo através de matadouros é boa, uma vez que os veterinários realizam uma avaliação do estado da carne. "É uma carne com valor nutricional", acrescenta a bastonária, que explica o consumo marginal devido ao paladar específico. "Nada tem que ver com a qualidade da carne, mas há pessoas que gostam e outras não", refere. Rica em ferro e com um baixo teor de colesterol, idêntico ao das carnes brancas, o cavalo é vendido a preços mais baixos do que a vaca, o que pode representar uma explicação para um acréscimo da comercialização em tempos de crise. Contudo, a quantidade de reses para abate não é elevada. Por exemplo, num matadouro de Leiria só à segunda-feira é que há abate de cavalos: oito a dez animais.
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"No meu picadeiro, o preço mensal é de 350 euros, mas há locais onde são pedidos 400 euros. Os proprietários dos animais não têm esse dinheiro para manter os animais e optam por vendê-los, dar ou então levá--los para casa, ficando com o trabalho de cuidar deles", explica o equitador.
O aumento da oferta de equinos levou a uma rápida desvalorização. "Um cavalo que há um ano custava 15 mil euros, hoje é vendido por cinco mil euros", acrescenta Fernando Carlos. A desvalorização não significa, contudo, que os animais estejam a ser encaminhados para os talhos. "O preço para abate é muito mais baixo e não compensa", acrescenta o empresário. No matadouro, um animal terá um valor de 500 euros, pelo que são abatidos apenas animais que sofreram algum acidente, potros sem perfil ou éguas já de idade.
"Não há criação de cavalos para consumo em Portugal", explica Vital Simões, que na última semana abriu um talho na Brandoa, Amadora, consciente de que com a crise há maior procura desta carne: o bife não chega aos 6 euros/quilo e o hambúrguer custa 0,30 cêntimos.
CARNE COM VALOR NUTRICIONAL
A Bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, Laurentina Pedroso, refere que toda a carne de equinos que entra no consumo através de matadouros é boa, uma vez que os veterinários realizam uma avaliação do estado da carne. "É uma carne com valor nutricional", acrescenta a bastonária, que explica o consumo marginal devido ao paladar específico. "Nada tem que ver com a qualidade da carne, mas há pessoas que gostam e outras não", refere. Rica em ferro e com um baixo teor de colesterol, idêntico ao das carnes brancas, o cavalo é vendido a preços mais baixos do que a vaca, o que pode representar uma explicação para um acréscimo da comercialização em tempos de crise. Contudo, a quantidade de reses para abate não é elevada. Por exemplo, num matadouro de Leiria só à segunda-feira é que há abate de cavalos: oito a dez animais.
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