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UGT quer saber de onde surgiu a necessidade de cortar 4 mil milhões em funções do Estado
O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT) questionou hoje «a dimensão dos sacrifícios» exigidos pelo Governo aos portugueses, e pediu esclarecimentos sobre a «necessidade» de serem cortados quatro mil milhões de euros nas funções do Estado.
«Não pode haver cortes de três a quatro mil milhões de euros nas políticas sociais. Não é possível, a não ser que ponham em causa o funcionamento da protecção social em Portugal», disse João Proença aos jornalistas no final de um encontro com o secretário-geral do Partido Socialista (PS), António José Seguro.
A 27 de Outubro, no encerramento das jornadas parlamentares conjuntas PSD/CDS-PP, o primeiro-ministro disse que, até 2014, vai realizar-se uma reforma do Estado que constituirá «uma refundação do memorando de entendimento».
Na mesma altura, Passos Coelho defendeu que o PS deve estar comprometido com esse processo e, dois dias depois, anunciou que iria convidar formalmente (por carta) o PS para um programa de reavaliação das funções do Estado que corte quatro mil milhões de euros na despesa e evite um segundo resgate a Portugal.
A UGT, disse hoje o seu secretário-geral, «converge» com o PS na «preocupação pela situação muito difícil» do país e dos portugueses, criticando a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2013, tida pela central sindical como de «ultra-austeridade».
O documento, acredita João Proença, vai causar um «agravamento de desigualdades» no país, para mais num momento em que o «desemprego explodiu» e há «sinais de continuar a aumentar de modo significativo» nos próximos tempos.
António José Seguro fez-se acompanhar no encontro com a UGT pelo antigo presidente do Conselho Económico e Social (CES), Alfredo Bruto da Costa, pelo secretário nacional do PS para a Organização, Miguel Laranjeiro, e por Glória Rebelo, docente ligada às áreas da protecção laboral.
Fonte: Lusa/SOL