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Entenda o desenvolvimento da sexualidade infantil

Luz Divina

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Entenda o desenvolvimento da sexualidade infantil



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Perguntas embaraçosas devem ser encaradas com naturalidade pelos pais e respondidas com a verdade.


De onde vêm os bebês? Eis uma pergunta que deixa muitos pais em saia justa. A criança, ávida por descobrir o mundo que habita, levanta questionamentos diversos, inclusive sobre sexualidade, em busca de respostas que saciem sua curiosidade aguçada.

Esse tipo de dúvida começa a aparecer quando o filho chega aos 2 anos de idade, mas, muito antes disso, seu corpo já responde a pequenos estímulos que recebe, conforme explica Mariza Leite da Costa, mestre em psicologia psicanalítica pela University of London: “A sexualidade não começa aos 2 anos, ela se desenvolve de maneira linear, pois a criança tem condições sensuais inatas.

Essa sexualidade, entretanto, é diferente da adulta. Está implícita involuntariamente em alguns gestos, como o contato do bebê com o seio da mãe, e em sentidos, como o cheiro e o tato.”

Entre 3 e 4 anos, essa sensualidade aflora um pouco mais, despertando a curiosidade da criança pelo próprio corpo e pelo corpo dos outros, como o da mãe e o dos irmãos. Esse interesse pode se expressar por meio da pesquisa aos órgãos genitais ou por meio das palavras, momento em que surgem as perguntas.

Muitos adultos ficam constrangidos ao tentar formular respostas, mas especialistas afirmam que contar a história da cegonha ou sair-se com a metáfora da sementinha não é a melhor solução.

Dizer a verdade, nesses casos, é o melhor caminho, conforme orienta Mariza: “A criança deve receber a informação correta. É claro que ninguém precisa despejar teorias nela, mas é possível explicar o que ocorre a partir dessas teorias, usando uma linguagem educativa e habitual da família”, diz.

Livros infantis que expliquem a reprodução sexual de maneira didática podem ser uma boa saída, desde que não se tornem a única fonte de informação do pequeno. “O importante é satisfazer a curiosidade da criança naquele momento, pois seu interesse é importante não só para a compreensão daquilo que se quer saber, mas principalmente para o seu desenvolvimento mental”, explica Mariza.

Para além das palavras

É também nessa faixa etária que os pequenos começam a inventar “brincadeiras sexuais”, seja com brinquedos, amigos ou com o próprio corpo – o que mais tarde se torna a masturbação.

Diante dessas situações, o comportamento dos pais deve ser o mais natural possível, pois, do contrário, o filho pode usar isso como ferramenta para afrontá-los, aparecendo pelado na frente de todo mundo, por exemplo.

“Cabe aos pais fazer a criança entender que não é preciso ficar alardeando sua mais recente descoberta. Eles devem fazê-la compreender, sem punição ou cerceamento, que entendem que o filho sinta prazer com o toque, mas que é errado tocar o próprio corpo na frente de todo mundo”, recomenda a especialista.

Além da exploração corporal, a sexualidade pode se manifestar de outra maneira, como uma repentina preferência da criança pelo pai ou pela mãe. “Esse relacionamento mais próximo com um dos pais, chamada de teoria de Édipo, é inconscientemente sensualizada.

Há casos em que a criança exclui o outro parente e, se isso não é encarado com naturalidade pelos pais, o relacionamento problemático com aquele que foi deixado de lado pode perdurar a vida toda”, diz Mariza.

Respeitar e entender cada etapa do desenvolvimento infantil é fundamental para que os pais possam dar suporte aos filhos. A psicóloga desaconselha hábitos como o de cumprimentar o filho com um breve beijo na boca, o famoso “selinho”: “A criança pode pensar que qualquer um pode beijá-la na boca e isso a deixará muito vulnerável quando estiver fora de casa.

Se o selinho é uma prática comum na família, os pais devem esclarecer que esse beijo não pode ser dado por ninguém além deles”.

Encontrar o equilíbrio das brincadeiras que incluem o toque é fundamental para manter uma relação saudável entre pais e filho.

Evitar brincadeiras e contato físico que estimulem a sexualidade da criança, por exemplo, não significa a exclusão do carinho, até porque o interesse infantil pela sexualidade não cessa: “A curiosidade decresce com o próprio desenvolvimento da criança e acaba ofuscada pelas regras impostas pela família e pela escola.

À medida que ela incorpora valores sociais, ela mesma se inibe e o interesse se torna algo controlável”, finaliza Mariza.




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