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Militares 'tudo farão' para não reprimir 'indignação dos portugueses'

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Militares 'tudo farão' para não reprimir 'indignação dos portugueses'

Os militares concentrados hoje em Lisboa aprovaram uma moção em que garantem que «tudo farão» para não participar na repressão do «descontentamento» dos portugueses e agendaram uma vigília contra o Orçamento do Estado junto à Presidência da República.
As três associações que convocaram a marcha que se realizou hoje, entre a Praça do Município e a Praça dos Restauradores, garantiram que «tudo farão para impedir a utilização dos militares em acções que visem reprimir a expressão democrática das preocupações e indignação dos portugueses e do seu correspondente descontentamento».
A resolução final, aprovada por unanimidade, pelos milhares de militares que esta tarde se concentraram na Praça dos Restauradores, sublinha ainda que se «desenvolvem pressões que vão no sentido de, na segurança interna, ser atribuído um papel aos militares que vai muito para além do que a Constituição permite».
Os militares decidiram ainda fazer uma vigília junto à Presidência da República, a 27 de Novembro, dia em que deverá acontecer a votação final do Orçamento do Estado para 2013, na Assembleia da República.
Salientando a necessidade de ser avaliada a conformidade do Orçamento do Estado com a Constituição, as três associações - Associação de Oficiais das Forças Armadas, Associação de Praças e Associação Nacional de Sargentos – apelam ao Presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas, Cavaco Silva, para que não promulgue o documento e peça a sua fiscalização preventiva.
Os militares decidiram entregar, também a 27 de Novembro, um ofício ao presidente do Tribunal Constitucional e ao Provedor de Justiça, alertando-os «para a injustiça das medidas» contida no Orçamento.
Alguns militares vão estar presentes no Parlamento, no momento em que for votado o Orçamento, para que possam testemunhar «a iniquidade das gravosas medidas».
Vão igualmente promover «acções» de protesto contra as medidas que «tão profundamente vêm afectando os portugueses em geral».
Antes da leitura e votação da resolução, os presidentes das três associações discursaram perante milhares de militares, que responderam às medidas governamentais acenando com um cartão vermelho.
Luis Reis, presidente da Associação de Praças, criticou as opções governamentais e as recentes declarações do Ministro de Defesa Nacional, Aguiar Branco: «O senhor ministro disse que os militares que estivessem descontentes podiam sair. Disse mesmo que nenhum homem deverá servir nas Forças Armadas se não sentir vocação para tal. Oh! senhor ministro, o senhor tem a certeza que quer falar de vocação? É que se quer, provavelmente amanhã, Portugal e os Portugueses não têm governo».
Duas horas depois de iniciado o protesto, que começou as 15 horas na Praça do Município, os militares cantaram emocionados o hino nacional, terminando na Praça dos Restauradores a manifestação que juntou em Lisboa cerca de três milhares de pessoas.

Fonte: Lusa/SOL
 
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