Afinal há uma «super-Terra» a 42 anos luz

A descoberta de planetas fora do nosso sistema solar nos últimos anos cresceu de forma exponencial graças ao desenvolvimento de novos métodos de deteção. É raro o mês em que os astrónomos não anunciam descobertas interessantes.

Uma equipa internacional de astrónomos acaba de anunciar a última novidade: um candidato a «super-Terra» que, dizem, reúne uma série de características que sugerem a existência de um clima parecido com o do nosso planeta, podendo assim albergar algum tipo de vida. As conclusões deste trabalho serão publicadas em breve na revista 'Astronomy & Astrophysics'.

Esta «super-Terra» é muito maior que o nosso planeta, calculando-se que tenha uma massa pelo menos sete vezes superior, e está situada a 42 anos luz da Terra. Batizado HD 40307g, é parte de um sistema de seis planetas. Inicialmente, os astrónomos acreditavam que este sistema era composto por três planetas, demasiado próximos de uma estrela para terem água líquida.

Mesmo assim, os investigadores foram capazes de identificar mais três planetas, filtrando os sinais falsos emitidos pela atividade estrelar. Para o conseguirem, utilizaram técnicas inovadoras, como um filtro que usa a longitude de onda para reduzir a actividade do sinal emitido pela estrela. Desta forma, aumentaram de forma significativa a sua sensibilidade, permitindo-lhes detetar três novos planetas ao redor da já conhecida estrela HD 40307.

Dos três novos planetas, o que mais interesse suscita é o HD 40307g. A sua órbita em redor da estrela está a uma distância idêntica à da órbita da Terra em redor do Sol, ou seja, recebe uma quantidade de energia que pode potenciar a possibilidade de ser habitável. Acredita-se ainda que o seu movimento de rotação produza o mesmo efeito de dia e noite.

No entanto, os investigadores ressalvam que quando se fala da possibilidade de um planeta ser habitável, não querem dizer que podem albergar seres vivos como os que existem na terra, mas sim vida bactereológica.









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