• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Os Robalos no inverno e as Iscas para o Fundo

H

helldanger1

Visitante
Os Robalos no inverno e as Iscas para o Fundo.
Os grandes robalos, peixes que chegam a atingir os 10 kg de peso, são os verdadeiros reis da nossa costa e o troféu que todo o pescador deseja apanhar, pelo menos uma vez na vida. Abeiram, com mais abundância, junto à costa, nas praias e onde desaguam os rios, nos meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro, para o acasalamento e desova. Pelo que tenho observado ao longo dos anos, em dias de mar manso e água límpida, nas mnhas caminhadas por cima das arribas e sempre acompanhado do meu binóculo, encontro estes peixes ndando suavemente em cardume à tona da água, durante esta época.

Ora, isso acontece porque ós machos estão à espera que as fêmeas desovem para estes ejacularem o esperma, fecundando assim as ovas. Por serem visíveis a olho nu, criam grande expectativa nos pescadores que acorrem aos pesqueiros na tentativa de capturarem estes grandes exemplares. Pois bem, essas tentativas, geralmente, são em vão.

Vejo-os utilizando variadas técnicascomo,por exemplo, o corrico com bóia de água, o corrico com amostra directa, e ou a engodarem pescando à bóia ou ao fundo com diversas iscas, e os resultados são praticamente nulos. O facto é que os robalos estão com os sentidos no acasalamento e na desova. O instinto concentra-os no acto da reprodução e não da caça.
Contudo, o inverso acontece quando estes peixes andam sozinhos ou a caçar. E essa atitude pode ser observada com mares mansos e águas azuis. Basta vê-los a mergulharem constantemente e a nadarem mais dpressa. É nessa altura que vale sempre o esforço de descermos aos pesqueiros e tentarmos tudo, e todas as técnicas, para vermos com a qual se obtém melhores resultados finais: a captura de um grande exemplar!

Com o mar bravo pesca-se ao fundo. E para o robalo, nada melhor do que utilizar as iscas que eles gostam e procuram. Ele é um excelente predador, sugando e engolindo as presas com a sua enorme boca por não ter dentes alimentando-se não só da petinga e do pilado, mas também de pequenas tainhas e outros pequenos peixes.

O robalo também caça perto da costa, especialmente em pesqueiros que o mar assoreou, ou seja, depositou areia. Por norma, a areia aproxima-se do litoral com mar manso e tempo do quadrante Leste, isto na costa Ocidental, já que com mar bravo e vento Oeste, o mar tem tendência a retirar a areia dos pesqueiros.
Geralmente, as areias deslocam-se sempre contra o vento, dependendo, todavia, dos contornos da costa e das correntes.

Conclusão, quando as areias novas se deslocam em direcção a terra, cobrindo as pedras existentes no fundo, tapando as tocas dos polvos, cabozes e caranguejos, os robalos sabem que têm caça.

Podemos apercebernos da existência de areias novas mesmo com o mar manso, notando-se estas em suspensão, por serem mais finas, observando-se de uns dias para os outros a sua aproximação à costa, principalmente na maré vazia. Também se podem observar as coroas de areia com mar bravo, assinaladas pela rebentação no meio da água azul. Esta rebentação, dá-se naquela zona em que existe o cabeço de areia e é provocada por ter menos altura de água.

Quando se formam estas coroas de areia junto à costa, podemos então ter as melhores condições para pescar ao robalo, mesmo com o mar bravo, sobretudo se entre o pesqueiro e a coroa existir um fundão. Isto porque o mar e a deslocação da areia vão acumulando a comida no fundão. Mais, a coroa de areia faz com que as ondas partam em cima dela, criando um remanso na beira. A altura ideal para se ferrar os robalos é no reponto da maré vazia ou, ainda, nas duas últimas horas da vazante e nas duas primeiras da enchente, pois é nessa altura que os robalos demonstram maior actividade na caça, já que a comida faz, nessa altura, a sua aproximação à costa.

O peixe está onde encontra comida, e esse é um pormenor. que o pescador deve ter sempre presente. Como mar bravo, há que ter a noção onde peixe espera a comida, arrastada pela arrebentação e pela corrente. Em geral, ela é levada para os fundões, que se podem observar notando a sua presença com a água azul no meio de rebentação, ou seja, nomeio do "rebojo”.
As iscas apropriadas para pescar os grandes robalos ao fundo são, obviamente, as suas presas predilectas, afinal aquelas que eles procuram e caçam. De todas elas, destacamos os cabozes, os polvos e as carangueijas. Mas não basta possuirmos as iscas necessárias. A forma correcta de fazer as iscadas, bem como a sua preparação, é importante para que tenhamos êxito na ferragem, pois estas iscas, se estiverem mal aplicadas no anzol, o peixe pode ignorá-las. Elas devem apresentar um comportamento natural, como se estivessem soltas, mas bem iscadas para que não se soltem quando lançamos.
 
H

helldanger1

Visitante
A CARANGUEIJA MOURA
A melhor forma de apanhar a carangueija-moura é de noite, na maré vazia, apontando-lhes uma luz para que fiquem encandeadas e, assim, não fujam. De dia, durante a maré vazia, podemos capturá-las removendo pequenas pedras ou esvaziando, com um balde, pequenas poças de água. Outra hipótese é procurá-las nas gretas das pedras, tocando-as com um arame curvo na ponta, sendo que as melhores são aquelas que estão a mudar a casca, ficando mais moles. Conservam-se mais tempo vivas
se as colocarmos juntamente com limo de baga, em sítio fresco

mora1.jpg
 
H

helldanger1

Visitante
OS CABOZES
Podemos apanhá-los de diversas formas, na baixa-mar. A maneira mais prática é utilizando uma pequena cana dum canavial, onde se aplica uma minhocada feita com o ganso ou minhoca do lodo. Enfiam-se as minhocas com a ajuda duma agulha numa linha, prendendo-as depois na ponta da cana. Já no mar, coloca-se a minhocada nas poças e, quando se sente o picar dos cabozes, puxa-se para dentro de um camaroeiro. Estes, quando sentem a falta de água, largam as minhocas e caem dentro da rede. Outra alternativa é esvaziar uma pequena poça, com a ajuda dum balde ou até mesmo de um botim, ou procurá-los nas brechas das pedras. Junto às rochas existem umas "burneiras" esburacadas, constituídas por formações de areia, como que concrecionada pela acção de pequenos vermes. Se as partirmos, com a ajuda de um ferro, também os podemos aí encontrar. Os melhores cabozes para iscar são os pequenos.

coboz2.jpg
 
H

helldanger1

Visitante
OS POLVOS
Os polvos podem-se apanhar também na baixa-mar, com a ajuda de uma polveira. Ou, Então, compra-se um polvo pequeno na praça e pede-se à peixeira os buchos dos polvos que ela amanhou.

A sua preparação, bem como a forma correcta de iscar, pode ser observada nas fotos.

bocho1.jpg

raio-1.jpg
 
H

helldanger1

Visitante
O MATERIAL
Aconselho uma cana para pescar ao fundo com mar mexido e bravo, que permita efectuar lançamentos longos com chumbadas pesadas e levantar grandes peixes.
A cana aconselhada é a SURF SWING SWZ de três elementos com 5,10 mts. Cana esta feita em grafite com um sistema exclusivo da DAIWA chamado POWER-MESH que consiste num entrançado de kevlar tipo malha e que reforça a cana na totalidade.
Este sistema pode ser observado no cabo da cana.

Aconselho um carreto DAIWA EMZ 5000 AW com 5 rolamentos de esferas e 1 de agulhas. Este carreto tem o sistema Anti-Reverse e Twist Buster evitando as "cabeleiras" de nylon tão aborrecidas para o pescador. A bobine é cónica invertida, permitindo assim fazer lançamentos a maiores distâncias. Outra característica deste carreto é o enrolamento do nyton na bobine de uma forma direita evitando assim a formação de "barriga”.

Este também é um excelente carreto para a pesca de embarcação pois permite uma grande rapidez na saída do nylon.


Original de : Luis Batalha
cumpts
hell
 
Topo