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Rede temporária TDT vai manter-se por mais 6 meses

ivo92

GF Prata
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A ANACOM anunciou a renovação por mais 180 dias da licença que permite à PTC utilizar três frequências adicionais para a difusão do sinal TDT no Continente. Como o blogue TDT em Portugal informou em Maio, havia sido concedida autorização para a emissão temporária e simultânea do sinal TDT por 180 dias a partir do emissor do Monte da Virgem, Lousã e Montejunto. Esta rede deverá portanto manter-se em funcionamento até Maio de 2013. No entanto, parece ser desejo da PTC manter em funcionamento permanente a rede MFN o que implicará a emissão de uma licença definitiva.

A rede temporária MFN (multi-frequência), recordo, foi activada em Maio como alternativa temporária à rede principal devido a deficiências detectadas na cobertura do sinal. Deficiências essas detectadas tardiamente (pelo operador e pelo regulador), devido à forma como decorreu o processo de migração e switch-off, com a esmagadora maioria da população a fazer a migração praticamente em cima das datas limite, o que naturalmente não permitiu a detecção e correcção atempada de muitas situações de dificuldade de recepção antes do switch-off, como por diversas ocasiões alertei iria suceder. O período de simulcast, destinado precisamente a detectar e retificar estas situações, foi essêncialmente desperdiçado!

Segundo a PTC foram efectuados vários procedimentos de optimização da rede SFN:
"Atrasos de lançamento" em algumas estações;
Instalação de 12 novos emissores;
Abaixamento do diagrama de radiação vertical em 11 emissores;
Transformação de 9 gap-fillers em emissores;
Modificação do diagrama de radiação horizontal de 3 estações.
Por "atrasos de lançamento" a PTC possivelmente refere-se ao "acerto" do sincronismo dos emissores! Para além destes procedimentos, apesar de não o referir, a PTC procedeu também à alteração da potência de emissão de vários emissores. Segundo estimativas da ANACOM, estes procedimentos permitiram aumentar a cobertura da rede TDT (C56) no Continente em cerca de 30.000 pessoas. Informa também que estão em fase de estudo e planeamento acções de intervenção para o Baixo Alentejo e Algarve.

Parece evidente que a PTC não irá optimizar muito mais a rede SFN. Mas a utilização dos três emissores em rede MFN complementar (Monte da Virgem, Lousã e Montejunto) é apenas a solução mais económica para minorar as deficiências de cobertura. No entanto a orografia do país poderia ser melhor aproveitada para melhorar em muito a cobertura e também praticamente eliminar os problemas causados por fenómenos de propagação anormal do sinal. Os problemas de recepção no litoral aquando da presença de fenómenos de propagação devem-se fundamentalmente à quase ausência de barreiras naturais à propagação do sinal (terreno relativamente plano), o que em muitos locais pode permitir a recepção de vários emissores distantes. A localização dos emissores actuais nesta zona (utilizando o canal 56) obriga em muitos casos a uma orientação das antenas de recepção praticamente paralela à costa, o que favorece a captação de emissões indesejadas. Utilizando-se sites adicionais e localizados a cotas mais elevadas (mas utilizando diagramas de radiação com restrições) seria possível diminuir o número de "zonas de sombra" e praticamente evitar totalmente os problemas da auto-interferência entre emissores, pois dessa forma, nas zonas problemáticas a orientação das antenas de recepção poderia ser feita de forma perpendicular à costa, o que iria bloquear a recepção da maioria das emissões interferentes. Creio que a PTC não adoptou esta solução por motivos económicos. A solução de rede temporária adoptada acaba por ser mais económica e provavelmente a PTC até vai conseguir a utilização do espectro dos canais 42,46 e 49 sem pagar por ele.

A propósito de rede TDT, tenho monitorizado o sinal (na região de Aveiro) e confirmo a melhoria das condições de recepção, nomeadamente a estabilidade do sinal. Tenho visitado também vários sites de emissão e também com base em inúmeras fotos recebidas de vários pontos do país, excluindo a ausência de utilização de tilt nas antenas (que parece ter sido esquecida aquando do planeamento da rede), posso assegurar que foram de facto tomadas algumas precauções básicas relativamente a alguns sites “sensíveis”. É o caso do emissor da Serra da Boa Viagem (Figueira da Foz). Neste emissor são utilizados dois grupos de 3 painéis (ao contrário da mais habitual configuração de grupos de 4 painéis), orientados de forma a que a “face” sem painéis fica voltada para o litoral norte. Ao contrário do que alguns poderão pensar, apesar de não existirem painéis emissores numa direcção há sempre alguma radiação de sinal nessa direcção, embora fortemente atenuada. É o que acontece com este emissor. A cobertura a partir do emissor da Boa Viagem, junto à costa norte só é possível nas localidades muito próximas, mas melhora substancialmente à medida que nos afastamos do mar. Isto é tecnicamente correcto face ao que tenho referido a propósito das condições de propagação junto à costa.

Já para a emissão no canal 56 a partir do emissor da Lousã (Trevim) não encontro explicação. Este emissor está localizado a uma cota de 1190m, utiliza 750W de PAR e, pelo que pude apurar, emite para todos (ou praticamente todos) os quadrantes! Mesmo que seja utilizado tilt nas antenas, parece-me pouco credível que seja possível evitar a degradação do sinal em determinadas zonas mais afastadas. Aliás, os problemas de recepção do sinal durante o passado verão na zona de Estarreja, reportados na comunicação social, bem poderão ter sido motivados, pelo menos em parte, por interferência a partir deste emissor que teoricamente chega a esta zona já fora do chamado Intervalo de Guarda (esta situação poderá entretanto já ter sido corrigida). Não encontro explicação para o emissor da Lousã permanecer no ar com esta configuração sobretudo se a emissão no canal 46 passar a definitiva.

O ditado é antigo: “não há omelete sem ovos”. Se em 2010 a PT tivesse avançado com a sua oferta de TV por subscrição através da TDT não duvido que a qualidade de cobertura seria superior à actual. Parece-me que se pretende culpar os "fenómenos naturais" (que qualquer técnico envolvido no planeamento de redes de radiocomunicações deverá ter em conta), pelas deficiências da rede TDT. A PTC apresentou nos concursos um plano técnico de cobertura que na prática parece não assegurar os níveis de qualidade do serviço que a mesma estaria obrigada a prestar. A rede temporária, portanto, provavelmente irá passar a definitiva. Resta também saber se a PTC irá pagar pela utilização do espectro adicional (como seria normal) e se vai repercutir esse custo no valor que cobra aos canais. Se a utilização do espectro adicional lhe for concedida de forma gratuita ficará ainda mais desacreditada a desculpa da não emissão na TDT dos canais de interesse público RTP Memória e RTP Informação, pois terão que explicar aos portugueses porque motivo o espectro necessário para emitir esses canais não pode também ser cedido gratuitamente pelo Estado.


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pincas

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A propósito de rede TDT, tenho monitorizado o sinal (na região de Aveiro) e confirmo a melhoria das condições de recepção, nomeadamente a estabilidade do sinal. Tenho visitado também vários sites de emissão e também com base em inúmeras fotos recebidas de vários pontos do país, excluindo a ausência de utilização de tilt nas antenas (que parece ter sido esquecida aquando do planeamento da rede), posso assegurar que foram de facto tomadas algumas precauções básicas relativamente a alguns sites “sensíveis”. É o caso do emissor da Serra da Boa Viagem (Figueira da Foz). Neste emissor são utilizados dois grupos de 3 painéis (ao contrário da mais habitual configuração de grupos de 4 painéis), orientados de forma a que a “face” sem painéis fica voltada para o litoral norte. Ao contrário do que alguns poderão pensar, apesar de não existirem painéis emissores numa direcção há sempre alguma radiação de sinal nessa direcção, embora fortemente atenuada. É o que acontece com este emissor. A cobertura a partir do emissor da Boa Viagem, junto à costa norte só é possível nas localidades muito próximas, mas melhora substancialmente à medida que nos afastamos do mar. Isto é tecnicamente correcto face ao que tenho referido a propósito das condições de propagação junto à costa.


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Confirmo esta situação.

A estabilidade que o autor fala não é devido a essas alterações porque elas foram feitas antes do apagão. Estamos em pleno inverno e nesta altura não há problemas de maior, somente uma ligeira baixa no sinal direto devido ao frio que na pratica não causa estragos, mas quando chegarmos a abril e meses seguintes vem novamente os problemas nessa zona. Foi em Maio que a PT e a anacom deliberaram a Praia da Tocha e Praia de Mira zona para de cobertura satelite


Já para a emissão no canal 56 a partir do emissor da Lousã (Trevim) não encontro explicação. Este emissor está localizado a uma cota de 1190m, utiliza 750W de PAR e, pelo que pude apurar, emite para todos (ou praticamente todos) os quadrantes! Mesmo que seja utilizado tilt nas antenas, parece-me pouco credível que seja possível evitar a degradação do sinal em determinadas zonas mais afastadas. Aliás, os problemas de recepção do sinal durante o passado verão na zona de Estarreja, reportados na comunicação social, bem poderão ter sido motivados, pelo menos em parte, por interferência a partir deste emissor que teoricamente chega a esta zona já fora do chamado Intervalo de Guarda (esta situação poderá entretanto já ter sido corrigida). Não encontro explicação para o emissor da Lousã permanecer no ar com esta configuração sobretudo se a emissão no canal 46 passar a definitiva.

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A eplicação é esta. Como na altura a ideia era colocar em rede unica lá foi colocado o emissor. A rede unica deu os problemas que conhecemos foi implantado o novo mesmo ao lado, é á Portuesa, agora o que realmente faz lá o antigo, ele devia estar montado era aqui na minha terra ehehehehe


Agora o que desconheço é o tilt das antenas?? será algum sistema anti abanão??'
 
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ivo92

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Agora o que desconheço é o tilt das antenas?? será algum sistema anti abanão??'

de grosso modo o tilt é o grau de inclinação que os painéis das antenas emissoras podem fazer de maneira a cobrirem uma maior ou menor área consoante a inclinação dada ao mesmo; tens aqui uma imagem exemplificativa retirada do mesmo site: (em cima - sem utilização de tilt ; em baixo - com tilt)
antenna-tilt-example.jpg
 

pincas

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de grosso modo o tilt é o grau de inclinação que os painéis das antenas emissoras podem fazer de maneira a cobrirem uma maior ou menor área consoante a inclinação dada ao mesmo; tens aqui uma imagem exemplificativa retirada do mesmo site: (em cima - sem utilização de tilt ; em baixo - com tilt)
Ver anexo 110947

Inclinar os paineis para baixo já andam há quase 1 ano, podiam é ter arranjado é um nome mais tuga para essa técnica.

Já aqui foi referido no forum que o problema não vai ser resolvido assim e esta-se a chegar a essa conclusão
 

t0nito

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Inclinar os paineis para baixo já andam há quase 1 ano, podiam é ter arranjado é um nome mais tuga para essa técnica.

Já aqui foi referido no forum que o problema não vai ser resolvido assim e esta-se a chegar a essa conclusão

Mas "tilt" é mais chique que "inclinação", LOL, "inclinação"...
 

ivo92

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Mas "tilt" é mais chique que "inclinação", LOL, "inclinação"...

Por mim até se podia chamar um assobio :Espi06: ... De qualquer maneira quanto mais mexem, (nos emissores existentes) mais estragam (o pouco que há)....
 

songohan

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Engraçado é que a PT garantiu (e a Anacom aceitou como válido) que eles tinham uma cobertura terrestre a 87% do território nacional com níveis excelentes de potência... a 31 de Dezembro de 2010.
Vamos para 2013 e a PT ainda anda a fazer testes... deve ser para os restantes 13%. Em meados de 2011 lá andaram a mexer nos emissores que aumentaram a potência de alguns para cobrir mais gente... principalmente sítios onde eles não tinham testado nada, porque ficam foram das grandes auto-estradas. Agora continuam com isso.

E mais canais? nada... canal HD continua a ocupar lugar só para dizer "Com a TDT ganharam 1 canal novo". Agora com a venda da RTP, os canais devem passar a ficar: RTP, SIC, TVI e o fantasma negro (que deve ser substituído pelo "super interessante" parlamento).
 
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DX2

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Eu já não acredito na venda da RTP.

DX2
 

aljofe

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Já para a emissão no canal 56 a partir do emissor da Lousã (Trevim) não encontro explicação. Este emissor está localizado a uma cota de 1190m, utiliza 750W de PAR e, pelo que pude apurar, emite para todos (ou praticamente todos) os quadrantes! Mesmo que seja utilizado tilt nas antenas, parece-me pouco credível que seja possível evitar a degradação do sinal em determinadas zonas mais afastadas. Aliás, os problemas de recepção do sinal durante o passado verão na zona de Estarreja, reportados na comunicação social, bem poderão ter sido motivados, pelo menos em parte, por interferência a partir deste emissor que teoricamente chega a esta zona já fora do chamado Intervalo de Guarda (esta situação poderá entretanto já ter sido corrigida). Não encontro explicação para o emissor da Lousã permanecer no ar com esta configuração sobretudo se a emissão no canal 46 passar a definitiva.


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De um modo geral concordo com o autor do texto, mas no que respeita ao caso de Estarreja, de todas as experiências que fiz o emissor de Trevim no canal 56 não causa mossa. Os emissores interferentes como já aqui referi são vários todos mais a sul e junto ao litoral, como o da Nazaré, obidos entre outros pois nem sempre são os mesmos.
Uma coisa é certa, por muitos ajustes que possam fazer na rede SFN, irá sempre haver zonas em que quando a propagação estiver muito intensa não haverá nada a fazer a não ser esperar que passe. Faz lembrar a recepção satélite, quando existem nuvens muito densas entre o satélite e a antena receptora não há nada a fazer a não ser esperar pelo sinal.
 

pincas

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Tenho andado a estudar ao promenor a modulação 64QAM.
Para mim o erro que foi cometido foi não terem aumentado o tempo intervalo de guarda para no minimom o dobro.
É claro que isso reduzia o numero de canais a ser inserido na frequencias,mas era preferivel isso do que ter os problemas que estamos a ter. Mas quanto a isso na modulação actual, já encontrei autores que dizem que o maximo de canais é 12 em SD (defenição normal) e 8 em HD, mas já li 16 em SD e 10 em HD mas penso que os autores estão a fazre referencia uns a UHF e outros a VHF, penso eu de que.
 

t0nito

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O tempo de intervalo de guarda já está no máximo possível para 64QAM (1/4)
 

pincas

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O tempo de intervalo de guarda já está no máximo possível para 64QAM (1/4)

Sim no padrao actual, mas tecnicamente éra possivel outro padrao aumentar para o dobro, disse era porque agora já não é
 

songohan

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Pincas no sistema actual com as definições que a PT está a usar na TDT, dava para terem 10 canais SD ou 5HD (a proposta eram 6 SD e 3HD por mux, expansível a 10SD e 4HD,baixando a definição dos SD a um nível semelhante ao que é usado pelas operadoras de cabo).

Eles já escolheram o mpeg4 porque cada frequência permite entre 12-16 canais SD, sem grande problema, com definições semelhantes ás operadoras de cabo. Em vez do que é usado em espanha onde cada frequência dá para 8 canais ou 6+2, onde usam o mpeg2.
 

t0nito

GF Ouro
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Pincas no sistema actual com as definições que a PT está a usar na TDT, dava para terem 10 canais SD ou 5HD (a proposta eram 6 SD e 3HD por mux, expansível a 10SD e 4HD,baixando a definição dos SD a um nível semelhante ao que é usado pelas operadoras de cabo).

Eles já escolheram o mpeg4 porque cada frequência permite entre 12-16 canais SD, sem grande problema, com definições semelhantes ás operadoras de cabo. Em vez do que é usado em espanha onde cada frequência dá para 8 canais ou 6+2, onde usam o mpeg2.

O que está aqui em causa não é o tipo de compressão do sinal mas sim a modulação.
 
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