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Mais mortes sob suspeita

billshcot

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Nov 10, 2010
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As autoridades de saúde estão a investigar mais mortes associadas ao consumo de substâncias psicoactivas, das quais as catinonas sintéticas e os canabinóides sintéticos são os mais usados. Os dados da Direcção-Geral da Saúde, que está a fazer um levantamento do número de casos nos hospitais, dão conta de quatro mortes na Madeira e duas em Évora. Todas as semanas são registados novos internamentos.

Em causa estão as substâncias de produtos vendidos legalmente – fertilizantes para plantas, sais de banho ou incensos – consumidos em alternativa às drogas ilegais.

"As catinonas sintéticas são normalmente comercializadas na forma de sais de banho ou fertilizantes e têm efeitos excitantes semelhantes ao ecstasy", explicou Álvaro Carvalho, coordenador nacional para a saúde mental.

Os canabinóides sintéticos, acrescentou, replicam o THC, princípio activo da canábis: "Têm o mesmo efeito de fumar haxixe ou erva. Encontram-se na forma de incensos ou óleos", referiu, alertando para os efeitos nocivos que ambas as substâncias provocam na saúde dos consumidores: "São terríveis. Desde alucinações, pânico, angústia, sensação de morte iminente, arritmias, paragens cardíacas, psicose, esquizofrenia e morte".

"Táxi para o rebanho de ovelhas"

As catinonas e os canabinóides sintéticos são substâncias que alteram a noção da realidade nos consumidores. "Muitas destas substâncias deixam as pessoas num estado de consciência em que sabem que não estão bem, mas também não estão irremediavelmente descontroladas", explicou ao CM Álvaro Carvalho, coordenador nacional para saúde mental, contando alguns dos relatos já identificados: "Tivemos um caso de uma pessoa que entrou no táxi e pediu ao motorista para esperar de portas abertas para o rebanho de ovelhas entrar. A pessoa controlava a situação que experienciava, mas não tinha consciência da situação real em que estava". Muitos outros casos dão conta de quedas desamparadas, porque os consumidores encaram as janelas ou varandas como portas. Outros relatam cobras e aranhas pelo corpo. Os comportamentos violentos também são recorrentes entre os consumidores de substâncias psicoactivas excitantes, como as catinonas. As alterações corporais acabam por provocar sensações de pânico.

Discurso directo com Álvaro Carvalho Coordenador nac. saúde mental

"Jovens de 12 anos a consumir"



Correio da Manhã – Estas drogas deixam marcas na saúde dos consumidores?

Álvaro Carvalho – Os efeitos a curto, a médio ou longo prazo ainda não são bem conhecidos, porque todas as semanas há substâncias novas.

– Viciam?

– Induzem dependência e tolerância. Ao longo do tempo são necessárias doses maiores para o mesmo efeito.

– Os jovens são grupo de risco?

– Quanto mais cedo começarem a consumir pior é. Já temos indicações de jovens de 12 e 13 anos a consumirem estas substâncias, o que é alarmante.

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