billshcot
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O Estado já cortou 2350 milhões de euros em funções sociais entre 2010 e 2012. Ao preparar um plano com o FMI para cortar quatro mil milhões, que será apresentado em Fevereiro, o Governo já cortou, por exemplo, 1281 milhões de euros da despesa com a Saúde.
Segundo a análise do economista Eugénio Rosa aos dados publicados pelo Ministério das Finanças, entre 2010 e 2012 (de Janeiro a Setembro) o Estado reduziu também 1232,8 milhões de euros nos gastos com a Educação e 13,5 milhões de euros com a Segurança Social. A despesa social com a habitação e serviços colectivos sofreu um corte de 92,6 milhões de euros, e só os serviços culturais e recreativos viram o seu orçamento crescer, em 270 milhões de euros. Se somarmos estes 2350 milhões de euros que o Estado já cortou nas suas funções sociais à redução que está a ser preparada pelo FMI e Governo, serão 6350 milhões de euros que Portugal corta nas áreas sociais em apenas quatro anos.
Dos cortes previstos, cerca de 85 por cento serão feitos na Educação e na Saúde.
MAIS DE MIL MILHÕES EM JUROS E SUBSÍDIOS
Os números oficiais revelam que, em resultado da crise, o Estado não consegue encaixar tanto dinheiro como o previsto. A redução das receitas fiscais e das contribuições para a Segurança Social entre 2011e 2012 atingiu os 1728 milhões de euros, ao passo que o aumento da despesa com subsídios de desemprego e juros devidos aos credores internacionais totalizou os 1188 milhões de euros no mesmo período.
E as contas da Segurança Social continuam a agravar-se. Até Outubro, o excedente caiu 800 milhões de euros – dos 1050 para os 250 milhões de euros. Em causa continuam a queda das receitas e o aumento da despesa em mais de 700 milhões de euros, segundo a Direcção-Geral do Orçamento (DGO).
POUCOS APOIOS SOCIAIS PARA COMBATER A CRISE NO PAÍS
Portugal é o terceiro país da OCDE que menos aumentou a sua despesa real com prestações sociais desde o início da crise financeira.
Os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) mostram que quase todos os 34 países-membros reforçaram os gastos públicos com apoios sociais para combater a crise. Portugal está no fundo da tabela, dado que entre 2008 e 2012 o Governo aumentou a despesa real nesta área apenas 0,8%, quando a média da OCDE foi de 9,9%. O ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, defende que a UE não pode salvar bancos e depois "não canalizar dinheiro para as pessoas".
cm
Segundo a análise do economista Eugénio Rosa aos dados publicados pelo Ministério das Finanças, entre 2010 e 2012 (de Janeiro a Setembro) o Estado reduziu também 1232,8 milhões de euros nos gastos com a Educação e 13,5 milhões de euros com a Segurança Social. A despesa social com a habitação e serviços colectivos sofreu um corte de 92,6 milhões de euros, e só os serviços culturais e recreativos viram o seu orçamento crescer, em 270 milhões de euros. Se somarmos estes 2350 milhões de euros que o Estado já cortou nas suas funções sociais à redução que está a ser preparada pelo FMI e Governo, serão 6350 milhões de euros que Portugal corta nas áreas sociais em apenas quatro anos.
Dos cortes previstos, cerca de 85 por cento serão feitos na Educação e na Saúde.
MAIS DE MIL MILHÕES EM JUROS E SUBSÍDIOS
Os números oficiais revelam que, em resultado da crise, o Estado não consegue encaixar tanto dinheiro como o previsto. A redução das receitas fiscais e das contribuições para a Segurança Social entre 2011e 2012 atingiu os 1728 milhões de euros, ao passo que o aumento da despesa com subsídios de desemprego e juros devidos aos credores internacionais totalizou os 1188 milhões de euros no mesmo período.
E as contas da Segurança Social continuam a agravar-se. Até Outubro, o excedente caiu 800 milhões de euros – dos 1050 para os 250 milhões de euros. Em causa continuam a queda das receitas e o aumento da despesa em mais de 700 milhões de euros, segundo a Direcção-Geral do Orçamento (DGO).
POUCOS APOIOS SOCIAIS PARA COMBATER A CRISE NO PAÍS
Portugal é o terceiro país da OCDE que menos aumentou a sua despesa real com prestações sociais desde o início da crise financeira.
Os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) mostram que quase todos os 34 países-membros reforçaram os gastos públicos com apoios sociais para combater a crise. Portugal está no fundo da tabela, dado que entre 2008 e 2012 o Governo aumentou a despesa real nesta área apenas 0,8%, quando a média da OCDE foi de 9,9%. O ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, defende que a UE não pode salvar bancos e depois "não canalizar dinheiro para as pessoas".
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