“Morta por quem a devia proteger”

Para o Ministério Público não há dúvidas. O stripper Alcino Júnior, 30 anos, deve ser condenado pela morte, em da companheira Danúbia Santos, na altura do homicídio, em Março, grávida de dois meses – crime que já confessara em tribunal – e por violência doméstica. "Quando a vítima esperava dele protecção, foi morta por quem a devia proteger", referiu ontem o procurador, nas alegações finais do julgamento, em Sintra.

Antes do crime, Alcino fora detido duas vezes por crimes no Brasil e libertado. O CM sabe que, por essa razão, a família da vítima, de 20 anos, vai interpor um processo contra o Estado no Tribunal Administrativo.

Na noite do homicídio, a 18 de Março, o casal de brasileiros começou uma discussão acesa, após uma traição de Júnior e por causa da sua extradição para o Brasil – era procurado pela Interpol por roubos violentos e por ter morto uma tia. O arguido puxou-a pelo braço, empurrando-a contra a cama.

A jovem "começou a arranhar os braços do arguido e este colocou a mão esquerda no pescoço e apertou". Para a defesa da família da vítima, "a pena não deve ser inferior a 20 anos". Ontem foi ouvida uma testemunha de Alcino, dizendo que este já tentou o suicídio na prisão e que antes do crime andava preocupado por estar ilegal e por ir ser pai.

cm