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IBM 5in5 prevê massificação tecnológica dos cinco sentidos

castrolgtx

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A IBM revelou o 5 in 5 de 2012, ou seja, as cinco tendências tecnológicas que a empresa prevê que cheguem de forma generalizada ao mercado tecnológico dentro de cinco anos. Os cinco sentidos humanos são o tema da edição deste ano e o futuro será composto por máquinas com capacidades de visão, tato, olfato, audição e paladar.

"Nos próximos cinco anos, os computadores vão começar a imitar e a aumentar os sentidos", sintetizou a tecnológica norte-americana em comunicado de imprensa. Apesar de já existirem traços de máquinas sensoriais, como os carros que conseguem estacionar sozinhos e os dispositivos que detetam de forma detalhada o movimento do corpo humano, nos próximos cinco anos os elementos sensoriais dos dispositivos eletrónicos vão evoluir.

Audição

Os computadores vão conseguir ouvir aquilo que os humanos ouvem e não ouvem. Os futuros sistemas de análise sonora vão ser capazes de examinar a pressão e a vibração dos sons, bem como reconhecer ondas sonoras em diferentes tipos de frequências.

Este tipo de recolha de dados será importante, por exemplo, na previsão de quedas de árvores ou deslizamentos de terras, que antes de acontecerem "efetivamente", são precedidos de sons característicos e de movimentos que passam desapercebidos aos ouvidos das pessoas.

A IBM está ainda crente que por volta de 2017, os computadores já consigam "traduzir" a fala dos bebés, dando indicações aos pais e médicos de quando o choro é relativo a fome, desconforto ou falta de descanso.

Os recursos da análise sonora podem ainda ser aplicados à análise do discurso humano de maneira a otimizar a comunicação inter-pessoal. Este tipo de vantagens será mais aplicável às operadoras de telecomunicações e call centers, que poderão fornecer um serviço mais adequado dependendo do perfil do utilizador.

"As máquinas terão a capacidade de ouvir aquilo que não está a ser dito".

Olfato

Num futuro próximo os cientistas da IBM acreditam que computadores e smartphones vão ter a capacidade de "aspirar" o ar que os utilizadores estão a expelir, sobretudo para fins médicos. Os dispositivos tecnológicos, equipados com sensores e marcadores biológicos vão ser capazes de detetar uma constipação ou uma gripe mesmo antes de a pessoa saber que a tem.

A aplicação deste tipo de tecnologia estende-se até ao consultório médico onde será possível para um profissional de saúde, de uma forma mais rápida e eficaz, descobrir qual o problema que está a afetar o paciente.

Em termos práticos, os "sniffers" podem ainda ser usados como scanners de bactérias em superfícies com as quais os utilizadores estão em contacto diariamente ou para determinar quais as melhores condições de preservação de uma obra de arte já com vários séculos.

As condições do ar ou da terra também podem vir a ser determinadas por dispositivos que cabem no bolso de um casaco.

Em termos de cheiro tal como as pessoas o conhecem e a que normalmente está associado o sentido do olfato, a IBM não revelou nenhuma tendência nesse sentido.

"Analisar o solo e os níveis de poluição de uma cidade"

Paladar

Não, as máquinas não vão começar a comer. Mas vão ajudar a preparar refeições que fazem uma ponte entre o sabor que todos querem e as necessidades nutritivas que todos precisam.

Primeiro a degustação será feita por computadores que vão analisar através da composição química qual o sabor e qual o cheiro que é mais apelativo e de que forma os diferentes ingredientes e texturas dos alimentos combinam entre si para criar um prato de fazer crescer água na boca. Depois entra a parte do equilíbrio nutricional, pois como é sabido, nem tudo o que é bom pode ser comido sem regra.

Os modelos de perceção alimentar vão ainda usar algoritmos para determinar o porquê de determinados tipos de pessoas gostarem de uns sabores e não de outros. As vantagens chegam também ao nível de possíveis ementas que vão sair das sugestões baseadas num bom sabor e numa boa dose de nutrientes.

Além da tendência gourmet, a composição de pratos por computadores será importante na área clínica, onde muitas vezes os doentes estão proibidos de ingerir determinados alimentos por incompatibilidade com os tratamentos. No caso dos diabéticos, como exemplifica a IBM, seria possível criar sobremesas adequadas à condição da saúde sem comprometer a saúde.

"Será uma mistura de química e psicologia humana"

Tato

Os dispositivos móveis vão estar no centro desta revolução sensorial. Os cientistas da IBM esperam que dentro de cinco anos os utilizadores possam sentir a textura de diferentes objetos através do ecrã dos smartphones, tablets e computadores híbridos.

O tato pode ser replicado através de respostas táteis, vibrações, movimentos de pressão e tecnologia de infravermelhos. A tecnológica explica que diferentes níveis de vibração, entre o muito rápido e o muito lento, ajudam a simular diferentes tipos de sensações durante o toque da mão numa superfície lisa.

A ideia é massificar este tipo de sensações sejam sentidas no dia a dia e levar o haptic até novas áreas, sobretudo o comércio eletrónico. Isto porque as reações através do toque já são utilizadas há anos em consolas de jogo por meio dos comandos - um carro quando pisa a relva ou a terra, os controlos vibram por todo o lado.

"Passar o dedo no telemóvel e sentir a textura da seda"

Visão

Já existem várias tecnologias que dão a capacidade de visão aos dispositivos eletrónicos. Na perspetiva dos criativos da IBM o passo seguinte está relacionado com a capacidade para analisar e percecionar os elementos que compõe cada imagem.

Tal como os humanos olham para uma fotografia e conseguem associar e descobrir ligações entre elementos da imagem, os computadores também vão conseguir fazê-lo dentro de um curto espaço de tempo.

Cores, texturas e padrões serão alguns dos aspetos que vão passar a ser reconhecidos pelos dispositivos eletrónicos. Mais uma vez a área da saúde será uma das principais beneficiadas, sendo que vários computadores com capacidades de reconhecimento icónico podiam fazer uma análise mais rápida e detalhada de vários exames de raio-X, ressonâncias eletromagnéticas e testes feitos através de contraste.

"Cada pixel vai ter um significado"

O sexto sentido da IBM

O IBM 5 in 5 é mais do que simples teoria e suposição. As cinco sugestões relacionadas com os sentidos humanos já estão neste momento a ser desenvolvidas ou testadas em algumas situações reais.

"Tal como acontece com o cérebro humano, que se baseia nos cinco sentidos para interagir com o mundo, ao conseguir combinar estas descobertas, os sistemas cognitivos vão conseguir trazer ainda mais valor e conhecimento, ajudando-nos a resolver alguns dos desafios mais complexos que hoje se nos apresentam", revelou Bernie Meyerson, vice presidente para a área de inovação da IBM.

A ideia de que as sensações são dos humanos e não das máquinas parece estar a desaparecer e dentro de cinco anos este paradigma pode mesmo ter desaparecido ou evoluído para outro conceito.

Teorias da conspiração à parte em que as máquinas vão virar-se contra os homens e destruir o mundo, mesmo que este passe de sexta-feira, as investigações desenvolvidas pela IBM têm mais o sentido de "os meios como extensão do homem", ideia preconizada por Marshall Mcluhan.








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