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Portuguesas são das que mais trabalham sem receber

billshcot

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Nov 10, 2010
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No novo relatório da OCDE sobre desigualdades de género Portugal detém a quarta posição, colocando as mulheres portuguesas entre as que mais tarefas realizam sem que recebam por isso. Trata-se sobretudo de tarefas 'domésticas', como a lida da casa e dos filhos.

De acordo com o relatório, divulgado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), esta segunda-feira, em Paris, e designado 'Closing the Gender Gap: Act Now', o tempo que é dedicado pelas mulheres ao 'trabalho não pago' é maior nos países onde os cuidados infantis são mais caros.

É também possível verificar no relatório que Portugal é um dos países que mais acredita que “as mães devem estar preparadas para reduzir o trabalho em nome da família”. Quase 60% dos pais e das mães portuguesas concordam com isto.

Ainda que os ganhos na educação feminina tenham contribuído para um aumento mundial da participação das mulheres na força do trabalho, existem consideráveis lacunas em horas de trabalho, condições de emprego e salário.

Esta tendência leva a que, nos países da OCDE, os homens ganhem, em média, 16% mais do que as mulheres em semelhantes empregos. Uma diferença salarial que aumenta para 22% em famílias com um ou mais filhos.

Em termos globais, a penalização salarial para se ter filhos é em média 14%, é o caso da Coreia que se mostra nos países mais afectados.

Este ponto de viragem no salário, segundo o relatório, acontece no nascimento da criança. “Cuidar de uma criança parece afectar pela negativa a participação das mulheres no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, o número de horas que dedicam ao emprego, uma vez que aumenta o tempo dedicado ao trabalho não pago. No caso dos homens, a chegada de uma criança faz aumentar o tempo dedicado ao trabalho pago e não pago.”

Ainda no relatório são apresentadas novas evidências na diferença de género no que diz respeito ao empreendedorismo, uma vez que o valor de mulheres com negócios próprios nos países da OCDE é de 30%, sendo que ganham 30 a 40% menos do que colegas do sexo masculino nas mesmas posições.

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