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Autarca abandona cargo para voltar a emigrar devido à crise

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O social-democrata presidente da Junta de Castelo de Neiva, Viana do Castelo, suspendeu o mandato para voltar a emigrar, depois de a crise económica e as portagens na A28 terem arruinado o restaurante que geria. "Infelizmente o meu país assim quis e tenho de voltar a partir", explica Augusto Bandeira.

"Nunca imaginei chegar à situação de voltar ao Canadá, muito menos 18 anos depois de ter regressado ao meu país. Mas Portugal obrigou-me a isso", afirmou Augusto Bandeira, de 49 anos, que regressa no dia 24 de dezembro a Toronto, para reconstruir a vida.

"Infelizmente o meu país assim quis e tenho de voltar a partir" porque "em Portugal, ainda se continua a fazer gestão danosa e a favorecer amigos. Se um dia as coisas mudarem conto regressar ao meu país", afirma o social-democrata, antigo empresário de restauração que viu o seu restaurante fechar em maio deste ano, colocando seis pessoas no desemprego.

Eleito em 2009 pelo PSD, partido em que milita há seis anos, Augusto Bandeira será substituído pelo tesoureiro, Paulo Torre, por um período inicial de três meses.
"Depois vou renovando até às eleições e não devo recandidatar-me. Mesmo assim fica tudo organizado e quero acompanhar os meus colegas sempre que possível e vou tentar regressar para as assembleias", explicou, resignado com a crise que o obriga a voltar à vida de emigrante.

"Destrui o que tinha cá e por motivos financeiros tenho de voltar a emigrar. Só espero que as pessoas da minha freguesia compreendam, porque fiz tudo o que podia nos últimos três anos. A última coisa em que pensava era voltar a emigrar", admitiu.

De volta a Toronto, Augusto Bandeira diz que tem já emprego à espera, fruto dos quinze anos em que esteve emigrado no Canadá: "Enviei uns currículos e aceitaram-me logo, para administrador de uma empresa", desabafou.

O restaurante, onde investiu 400 mil euros, fechou há uns meses e agora Augusto Bandeira deixou de acreditar na retoma económica.
"Primeiro foram as portagens na A28, com uma quebra enorme de clientes. Com o aumento do IVA passei a pagar para trabalhar e tive de encerrar", recordou.

A solução passou por emigrar e Augusto Bandeira despede-se de Portugal com uma carta que já enviou ao primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

"Aos olhos dos portugueses, continuam a existir regalias para determinadas classes, nomeadamente a política, que acaba sempre por ser imune às crises do país", escreve o ainda autarca.

De partida para o outro lado do atlântico, lamenta não ter concluído a rede de saneamento básico na freguesia ou a desejada obra no portinho de pesca da localidade, palco de vários acidentes mortais nos últimos anos, apesar das verbas comunitárias prometidas.







JN
 
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