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Pombal : Pânico em aldeia com tuberculose

billshcot

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Nov 10, 2010
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Há três anos que o grupo de ucranianos vive na sua propriedade, na rua do Serafim, em Foitos, Louriçal, Pombal. A confirmação de, pelo menos, cinco casos de tuberculose entre eles deixou Fernanda Graça muito assustada. Não só por si, mas pela sua família. Tem feito exames e, até agora, os resultados têm sido sempre negativos. Mas a moradora não se conforma e diz que gostaria que "encontrassem uma solução para eles".

Dois dos ucranianos foram examinados num rastreio que se se realizou no final do mês passado na aldeia, e têm tuberculose na forma latente. Outros dois foram internados. Um deles, compulsivamente, em Outubro último, devido a uma tuberculose multirresistente. Um outro, com a doença, foi internado no início do ano, foi tratado e já regressou a casa, na Ucrânia. Há ainda outro ucraniano deste grupo a quem foi detectado o bacilo, mas foi tratado em casa, com medicamentos.

Fernanda Graça acolheu-os quando eles se viram sem tecto e sem emprego. Mas afirma-se impotente para, nesta fase, ajudar mais. "Têm de os levar daqui para se tratarem. Vivem da caridade, mas as pessoas já têm medo de se aproximar", conta.

O doente que em Outubro foi internado, em Coimbra, está a recuperar. "Não fomos vê-lo, mas já falámos com ele ao telefone e sente-se melhor", conta.

Na aldeia, o mesmo rastreio detectou três outros casos, fora da comunidade ucraniana, de tuberculose latente. O delegado de Saúde de Pombal, José Ruivo, assegura que estes, já medicados, não representam risco de contágio.

UCRANIANOS DORMIRAM EM PINHAIS E HORTAS

A aldeia de Foitos tinha, há meia dúzia de anos, uma comunidade grande de ucranianos. Grande parte vivia numa quinta. Com a crise, perderam os empregos, deixaram de ter condições para pagar o alojamento e ficaram a viver na rua. Uns saíram da aldeia. Um grupo, porém, permaneceu, dormindo em pinhais e nas hortas. Fernanda Graça cedeu-lhes um antigo curral. Eles fizeram obras e transformaram-no numa casa, onde ainda residem.

"DOENÇA TRATÁVEL EM SEIS MESES"

António Diniz, Coordenador para Sida e Tuberculose

Correio da Manhã – Quando é que há tuberculose latente?

António Diniz – Quando a pessoa entrou em contacto com o bacilo da tuberculose mas não desenvolveu doença.

– Há risco de contágio?

– Na latente não há risco de contágio. Só há quando a doença se manifesta e o bacilo está activo.

– Quais os sintomas do doente com tuberculose?

– Tosse persistente, febre não muito elevada, perda de peso, falta de apetite, emagrecimento e os sintomas prolongarem--se por três ou mais semanas.

– Tem cura?

– Sim, através da acção conjugada de medicamentos antibacilares. Em seis meses, a maioria dos casos é tratável.

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