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Um em cada dez portugueses conhece idoso agredido em casa

billshcot

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Nov 10, 2010
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Uma em cada dez pessoas conhece um idoso que tenha sido acolhido numa instituição contra a sua vontade e conhece uma pessoa idosa que tenha sido insultada, ameaçada ou agredida dentro da sua casa, revela a APAV.

Os dados, apresentados hoje, são do barómetro Criminalidade e Insegurança, realizado pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) com a colaboração da Intercampus, e são resultado de 804 entrevistas feitas entre 19 e 30 de Novembro a pessoas com 15 ou mais anos de idade, residentes em Portugal Continental.

O inquérito procurou perceber qual a percepção dos inquiridos relativamente a aspectos sociais e de segurança sobre a população mais idosa e determinar o conhecimento pessoal de agressões ou abusos sobre aquela população.

O estudo da APAV mostra que do total dos inquiridos, "12% afirma ter conhecimento de casos em que uma pessoa idosa foi acolhida numa instituição contra vontade", ao mesmo tempo que 10% diz conhecer "alguma pessoa idosa alvo de insultos, ameaças ou agressões no interior da sua própria residência".

No que diz respeito ao acolhimento contra vontade, os dados da APAV mostram que em 73,2% dos casos ele foi feito a pedido de familiares, em 14,4% por vizinhos, 5,2% por prestadores de cuidados formais, 3,1% por amigos.

Há também uma em cada três pessoas (30%) que diz "conhecer alguma pessoa idosa que já tenha sido vítima de assalto ou agressão".

Por outro lado, 11% dos inquiridos diz saber de algum furto ou danos em veículos pertencentes a pessoas idosas e 24% conhece pelo menos uma situação de burla ou extorsão sobre idosos. Apenas 1,7% diz conhecer alguém que tivesse sido alvo de uma intervenção ou tratamento médico sem consentimento.

No entanto, dos 373 inquiridos que declararam ter conhecimento de violência ou crime exercido contra pessoas idosas, apenas cerca de 7% denunciou a situação.

Quem denunciou, fê-lo, em 68 casos à PSP, 28 à GNR, em oito dos casos à APAV e também em oito dos casos à Segurança Social.

Em relação à percepção, o estudo da APAV mostra que a maioria dos inquiridos (70%) acha que a sociedade e as famílias não estão preparadas para lidar com os problemas de insegurança, criminalidade e problemas sociais e de saúde das pessoas idosas.

Igual percentagem afirma também que os mais idosos não têm igual acesso a apoios sociais e a cuidados de saúde e acredita que estas pessoas não são valorizadas pela sociedade actual.

Por outro lado, 86% concorda que as famílias têm cada vez menos tempo para cuidar dos seus familiares mais idosos e 84% acredita que o sentimento de insegurança é maior entre as pessoas idosas, dada a actual situação financeira do país.

A quase totalidade (80%) sente que aumentaram as situações de violência e crime contra as pessoas mais idosas, mas, apenas 21% acha que a zona onde reside, trabalha ou estuda é mais insegura ou perigosa para a população com mais idade.

As 804 entrevistas foram feitas no Norte (296), Centro (190), Lisboa (223), Alentejo (62) e Algarve (33).

Do total dos inquiridos, 48% são homens e 52% são mulheres, tendo a maioria (34%) entre 25 e 44 anos e 22% mais de 65 anos.

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