• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Ricardo Salgado explica fuga ao fisco

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,987
Gostos Recebidos
347
ng1312406_435x290.jpg


Ricardo Salgado explica fuga ao fisco

O banqueiro foi chamado pelo DCIAP a prestar declarações, como testemunha no processo Monte Branco, por causa de transferências de milhões de euros para o estrangeiro, até 2010, não declarados ao Fisco.
Ricardo Salgado foi prestar declarações no processo Monte Branco, esta terça-feira, para esclarecer milhões de euros que colocou no estrangeiro até 2010 e que não declarara ao Fisco.
Trata-se de capitais movimentados para fora de Portugal através dos serviços da Akoya Asset Management, fundada em 2009, e do seu líder, o suíço Michel Canals. Segundo o SOL apurou, o presidente do BES compareceu após notificação formal, tendo sido inquirido no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) por Rosário Teixeira, o procurador da República que coordena a investigação àquela que é considerada a maior rede de fraude fiscal e de branqueamento de capitais que operou em Portugal e que foi desmantelada em Maio deste ano.
Apesar de a rede ter funcionado sobretudo para a disponibilização aos clientes, em Portugal, de dinheiro que tinham ocultado no estrangeiro, e que lhes era entregue em numerário, também foram detectadas avultadas transferências no sentido contrário – ou seja, de Portugal para outros países, sobretudo a Suíça, de forma a ocultar rendimentos e lucros dos seus clientes. Nestas situações, a Akoya assumia-se como gestora de investimentos.
Não é arguido porque já pagou ao Fisco
No caso de Ricardo Salgado, estão em causa capitais próprios e a sua colocação no estrangeiro sem pagar impostos, sendo um dos cerca de 400 clientes que se estima terem usado a Akoya, sediada em Genebra. Ao longo do seu depoimento, foi instado a explicar as suas relações com a Akoya e o modo como esta funcionava.
Segundo o SOL apurou, o presidente do BES foi notificado e ouvido apenas na qualidade de testemunha, pois entretanto já declarou e pagou os impostos em falta relativos a esses capitais, tendo igualmente rectificado as respectivas declarações de IRS (acrescentando-lhes os valores que tinha lá fora).
Este facto anulou qualquer possibilidade de o MP o perseguir criminalmente, como arguido. O mesmo deverá acontecer, aliás, a todos os clientes da rede nas mesmas circunstâncias: quem regularizou capitais ocultados do Fisco no estrangeiro, nos termos descritos, não será perseguido criminalmente.
Ricardo Salgado terá apresentado no DCIAP as novas declarações de IRS, rectificadas após ser pública a detenção de alguns elementos da rede, bem como os comprovativos da sua adesão ao Regime Extraordinário de Regularização Tributária III (RERT III). Este plano decretado pelo Governo permitiu às empresas e singulares legalizar os capitais colocados no estrangeiro, incluindo paraísos fiscais, pagando uma taxa de 7,5%.

Fonte: SOL
 
Topo