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Como Pereira Cristóvão usou o Sporting

Fonsec@

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Pereira Cristóvão, ex-vice-presidente, criou duas empresas para conseguir receber dinheiro pela vigilância aos futebolistas. Sem saber, o clube pagava até os telemóveis dos seus empregados.Paulo Pereira Cristóvão criou uma verdadeira rede de informadores, dentro e fora do Sporting, que lhe permitiu ter acesso a informação confidencial, receber cerca de 57 mil euros do clube e montar uma armadilha para incriminar o árbitro José Cardinal.
Segundo o despacho do Ministério Público (MP) – que acusa o ex-vice-presidente do Sporting de sete crimes –, foi à custa de conhecimentos pessoais do tempo em que trabalhou na Polícia Judiciária (PJ) e da influência que tinha sobre o presidente do clube, Godinho Lopes, que Pereira Cristóvão montou todo o seu esquema.
Apenas dois meses depois de assumir funções em Alvalade, Pereira Cristóvão pediu a Vítor Viegas – arguido acusado de três crimes – que criasse uma empresa para prestar serviços ao Sporting. Este antigo colega de Cristóvão na Polícia Judiciária constituiu então a Businlog, uma firma que tinha como objectivo monitorizar ao minuto a vida dos jogadores do clube.
Pereira Cristóvão tinha já convencido Godinho Lopes da importância deste tipo de vigilância aos futebolistas. E, segundo a acusação, conseguiu mesmo estipular «as cláusulas contratuais e o preço dos serviços» – que foram prestados ao clube por um «valor superior ao seu verdadeiro custo, em 57 mil euros».
Segundo o contrato assinado pelo clube leonino, a empresa receberia do Sporting oito mil euros por mês, mais IVA. Mas, na realidade, Vítor Viegas só recebia dois mil. O resto ia para Paulo Pereira Cristóvão, através de uma outra empresa criada para o efeito, a Right Expert.
Esta sociedade ficou em nome de Rui Gouveia Martins – primo da ex-mulher de Pereira Cristóvão e seu empregado na empresa Primuslex. Mas foi o próprio Cristóvão quem pagou a constituição da firma, «através de cheque da Primuslex».
Informações sobre jogadores e dirigentes do clube
Todos os meses, Vítor Viegas transferia seis mil euros para a Right Express. O dinheiro era movimentado por Pereira Cristóvão através de dois cartões multibanco, que serviram para pagar as mais variadas despesas pessoais: desde a renda da casa e óculos de sol, passando por umas férias no Algarve e por um iPad para oferecer à mulher, até às pensões de alimentos para os filhos.
Mas não ficou por aqui: Pereira Cristóvão conseguiu que fosse o Sporting a pagar os telemóveis de Veigas e de Gouveia Martins, bem como os de outros dois elementos que o ajudavam na recolha de informação. Ao todo, a factura de telecomunicações ascendeu a 1.640 euros. Tudo isto, escreve a procuradora Ana Margarida Santos, «sem o conhecimento ou autorização do Sporting».
Toda a rede permitiu-lhe manter, desde Agosto de 2011, ficheiros Excel com dados pessoais de jogadores e respectivas mulheres, bem como de dirigentes do clube. As listas, que em alguns casos continham nomes de código, incluíam «marca, modelo, cor e matrícula» dos seus carros, além das moradas.
Em Junho de 2011, já Pereira Cristóvão tinha em seu poder uma listagem dos árbitros e assistentes de arbitragem da 1.ª Liga de Futebol, conseguida através de um colaborador do Sporting.
Através da sua secretária na Primuslex, Cristóvão fez chegar os nomes, datas de nascimento e profissões dos árbitros a um amigo, reformado da Autoridade Tributária, que a entregou à mulher, funcionária numa repartição de Finanças. Virgínia Ferreira de Freitas fez, então, o que lhe foi pedido: um levantamento completo sobre a situação fiscal e bancária dos árbitros e das suas mulheres, incluindo rendimentos, bens móveis e imóveis.
3 mil euros para tramar árbitro
Foi Liliana Caldeira, secretária no Sporting de Pereira Cristóvão, quem organizou todos os dados em folhas de Excel. Liliana foi, aliás, uma peça-chave para a trama que Pereira Cristóvão decidiu montar ao árbitro José Cardinal em Dezembro de 2011.
Quando o árbitro foi nomeado para o jogo dos quartos-de-final da Taça de Portugal, entre o Sporting e o Marítimo, Pereira Cristóvão não ficou contente. Cardinal tinha arbitrado a partida entre o clube de Alvalade e o Olhanense, em Agosto, e a sua arbitragem tinha sido muito criticada pelos ‘leões’. Mas já na época 2008/2009 uma falta assinalada ao Sporting tinha causado polémica. Foi o suficiente para, segundo a acusação, Pereira Cristóvão gizar um plano para fazer parecer que Cardinal tinha sido corrompido. E foi com três mil euros pedidos à directora financeira do clube que pôs o estratagema em prática.

Com esse dinheiro, Liliana Caldeira comprou os bilhetes de avião para o Funchal. Foi a secretária de Cristóvão que o levou e trouxe do aeroporto. E foi também ela quem escreveu a falsa carta de denúncia, que seria entregue a Godinho Lopes.
O envelope, com o talão multibanco e uma carta anónima, acabaria por ser entregue pelo presidente do clube à Federação Portuguesa de Futebol, que alertou as autoridades. Já José Cardinal, quando descobriu o sucedido, pediu dispensa do jogo e doou dois mil euros à Associação do Porto de Paralisia Cerebral.
Pereira Cristóvão, que tinha entregado facturas de despesas pessoais para justificar os três mil euros cobrados ao clube, acabou por pedi-las de volta, solicitando que fossem registadas na contabilidade como «despesas confidenciais».
Para a acusação, a conduta do ex-dirigente leonino configura a prática dos crimes de burla qualificada, branqueamento de capitais, peculato, acesso ilegítimo, denúncia caluniosa e devassa por meio informático. Vítor Viegas é acusado de de burla qualificada, branqueamento de capitais e devassa por meio informático.

SOL
 

Fonsec@

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É por causa de vermes como este que o Clube está como está. Dizem-se muito sportinguistas mas é para encherem a barriga a pala do Clube, se tudo isto ficar provado devia ser imediatamente expulso de sócio e proibido de entrar em qualquer das instalações do Sporting para o resto da vida.

Este tipo de pessoas não fazem falta ao futebol.
 
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