billshcot
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D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, sobre o País e as mudanças a que assistiu nos 25 anos que celebra como bispo
Correio da Manhã – Ser bispo hoje é muito diferente de há 25 anos?
D. Jorge Ortiga – É, porque os problemas são mais e mais complexos. Hoje, o bispo tem de ser mais criativo, uma vez que a pastoral é bem mais exigente.
– O que é que mais o preocupa nos tempos que vivemos?
– A minha preocupação fundamental vai para as pessoas que sofrem e, sobretudo, para os jovens. Fala-se muito de juventude, mas faz-se muito pouco para resolver, efetivamente, os seus problemas, a começar pelo emprego. Acho que o Governo tem de dar mais atenção aos jovens.
– E a Igreja?
– A Igreja também, mas há coisas que não competem à Igreja. Em termos sociais, a resolução dos problemas compete à sociedade e ao Estado. A Igreja ajuda, mas sempre numa perspetiva caritativa.
– O Estado tem cumprido o seu papel?
– Bom, nós passamos, muito rapidamente, da total ausência de Estado Social para, digamos, um Estado Social Exagerado, que dava a sensação de ser capaz de resolver tudo. Ora, os tempos que correm dizem-nos que é necessário mudar.
– Mudar como?
– Nós entendemos que o Estado Social é fundamental, mas em coabitação com uma sociedade solidária. Ou seja, o Estado Social faz uma parte e a sociedade faz outra. Uma parte sozinha não consegue fazer tudo.
– Nos últimos tempos tem falado muito em unidade. Por alguma razão em especial?
– Porque penso que só assim conseguiremos um Mundo melhor. Unidade não quer dizer unanimismo, unidade quer dizer que somos capazes de convergir pensamentos e fazer do bem comum a nossa principal preocupação. A puxar cada um para seu lado não vamos lá.
cm
Correio da Manhã – Ser bispo hoje é muito diferente de há 25 anos?
D. Jorge Ortiga – É, porque os problemas são mais e mais complexos. Hoje, o bispo tem de ser mais criativo, uma vez que a pastoral é bem mais exigente.
– O que é que mais o preocupa nos tempos que vivemos?
– A minha preocupação fundamental vai para as pessoas que sofrem e, sobretudo, para os jovens. Fala-se muito de juventude, mas faz-se muito pouco para resolver, efetivamente, os seus problemas, a começar pelo emprego. Acho que o Governo tem de dar mais atenção aos jovens.
– E a Igreja?
– A Igreja também, mas há coisas que não competem à Igreja. Em termos sociais, a resolução dos problemas compete à sociedade e ao Estado. A Igreja ajuda, mas sempre numa perspetiva caritativa.
– O Estado tem cumprido o seu papel?
– Bom, nós passamos, muito rapidamente, da total ausência de Estado Social para, digamos, um Estado Social Exagerado, que dava a sensação de ser capaz de resolver tudo. Ora, os tempos que correm dizem-nos que é necessário mudar.
– Mudar como?
– Nós entendemos que o Estado Social é fundamental, mas em coabitação com uma sociedade solidária. Ou seja, o Estado Social faz uma parte e a sociedade faz outra. Uma parte sozinha não consegue fazer tudo.
– Nos últimos tempos tem falado muito em unidade. Por alguma razão em especial?
– Porque penso que só assim conseguiremos um Mundo melhor. Unidade não quer dizer unanimismo, unidade quer dizer que somos capazes de convergir pensamentos e fazer do bem comum a nossa principal preocupação. A puxar cada um para seu lado não vamos lá.
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