• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Esmagado a operar máquina

billshcot

Banido
Entrou
Nov 10, 2010
Mensagens
16,633
Gostos Recebidos
156
Quando os operários da metalúrgica Joel, Alves & Filhos, no Seixal, ouviram ruídos vindos do torno mecânico que Jorge da Purificação operava, ontem de manhã, correram rapidamente para junto do colega. O funcionário, de 62 anos, tinha acabado de cair em cima da máquina que manobrava. Ficou entalado entre dois tubos de metal. Os colegas tentaram parar a máquina e resgatá -lo, mas nada havia a fazer. A vítima ficou esmagada e teve morte imediata.

"Somos uma família, trabalhamos juntos na fábrica há décadas. Foi horrível o que aconteceu, o Jorge nem teve tempo de gritar. O grampo atingiu-o na cabeça e ele ficou entalado entre os tubos. Ainda carregámos na alavanca para travar a máquina, mas havia sangue por todo lado, a cara dele estava desfigurada. Ainda suspirou e abriu os olhos. Depois foi-se", contou ontem ao CM Carlos, com o corpo coberto de sangue do colega que pouco antes tinha visto morrer. Carlos foi o primeiro operário a ouvir barulhos no torno onde Jorge da Purificação fabricava uma peça. O alerta, para a fábrica da rua Raul de Carvalho, foi dado pelos funcionários à PSP e bombeiros às 10h50. O óbito foi, pouco depois, declarado no local.

"Estava no posto médico quando tudo aconteceu. Cheguei pouco depois e, quando soube, fiquei em choque. Éramos uma família", desabafou António Joel, 71 anos, proprietário da metalúrgica. "Cumprimos todas as normas. Nunca tinha acontecido nada assim", disse.

Jorge da Purificação deixa mulher e uma filha, que ontem foram informadas pouco depois acidente. "A esposa veio logo para cá, queria ver o corpo, não deixámos. Estava desolada", contou António Joel. Consternados com a perda, os familiares juntaram-se na moradia onde Jorge vivia com a esposa, na rua paralela à fábrica onde trabalhou mais de 30 anos.

cm
 
Topo