billshcot
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Com uma dívida à banca de 52,7 milhões de euros e o orçamento mais baixo da última década, o executivo liderado por Raul Castro, do PS, quer sair desta agonia e recuperar a saúde financeira da autarquia, mas vai apostar em benefícios fiscais para famílias e empresas.
O autarca frisa que o Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, construído para o Euro’2004, tem encargos elevados: "Só de juros, vamos pagar 5 853 por dia."
A autarquia aposta, para já, na redução do custo dos serviços: para 2013, está prevista uma redução em 20% das taxas relativas à realização, reforço e manutenção das infraestruturas urbanísticas; no licenciamento anual de publicidade haverá uma redução do valor das taxas em 20%, nas situações de "comprovado início de atividade" no município; e de 10% na emissão do primeiro alvará de licença.
"Se me saísse o Euromilhões, em dois, três anos faria tudo o que há por fazer", diz Raul Castro, frisando que o desafio é "fazer a gestão da ‘coisa’ pública em função dos recursos reais e de forma a que se possam criar sinergias com os parceiros do privado", atraindo novos investidores e projetos diferenciadores.
O orçamento para 2013 é de 69,9 milhões de euros, um decréscimo de 57 milhões de euros face a 2010. "Em 2010 e 2011 mantivemos a receita no mesmo patamar, indo buscar o que estava por cobrar, só que a receita está a cair e a previsão para 2012 é que serão cinco milhões de euros a menos", frisa o autarca.
Perante as tentativas falhadas de alienação do estádio municipal, a sua rentabilização é um dos objetivos que o executivo quer agora concretizar.
FORÇAS VIVAS ATENTAS E APREENSIVAS
O município, em linha com as opções de outras autarquias, deveria ter avançado com reduções no IMI, num momento em que as avaliações estão a trazer enormes subidas nos valores do imobiliário - José Benzinho, economista e professor
Um orçamento tão baixo deixa antever que o executivo não está a contar gastar dinheiro com nada que não seja pessoal e amortização da dívida. Este será mais um ano de retração e muitas dificuldades - Álvaro Albino, Presidente da Associação de Comerciantes
Leiria hipotecou o futuro com construções faraónicas que nada acrescentaram à melhoria da qualidade de vida dos leirienses. Este novo ano será, com toda a certeza, um ano extremamente difícil - David Neves, Presidente da Associação de Sunicultores
DISCURSO DIRECTO
Jorge Santos, presidente da Associação de Empresários
Correio da Manhã – Como encara a enorme redução do orçamento anual da Câmara?
Jorge Santos – No contexto atual, todas as entidades têm de procurar fazer o mesmo com menos recursos. Espero que corresponda a um esforço por aumentar a eficiência dos serviços e não se reflita negativamente no apoio à população e às empresas.
– Os benefícios fiscais para 2013 são os suficientes?
– Suficientes não serão, mas são decerto uma grande ajuda para ultrapassar esta fase. Será também muito útil que sejam agilizadas as decisões relativas aos processos que dão entrada na autarquia.
– Este já será um ano de recuperação da economia?
– Será um ano, para as famílias e também para as empresas, em que a nossa economia estará a readaptar-se às novas exigências.
cm
O autarca frisa que o Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, construído para o Euro’2004, tem encargos elevados: "Só de juros, vamos pagar 5 853 por dia."
A autarquia aposta, para já, na redução do custo dos serviços: para 2013, está prevista uma redução em 20% das taxas relativas à realização, reforço e manutenção das infraestruturas urbanísticas; no licenciamento anual de publicidade haverá uma redução do valor das taxas em 20%, nas situações de "comprovado início de atividade" no município; e de 10% na emissão do primeiro alvará de licença.
"Se me saísse o Euromilhões, em dois, três anos faria tudo o que há por fazer", diz Raul Castro, frisando que o desafio é "fazer a gestão da ‘coisa’ pública em função dos recursos reais e de forma a que se possam criar sinergias com os parceiros do privado", atraindo novos investidores e projetos diferenciadores.
O orçamento para 2013 é de 69,9 milhões de euros, um decréscimo de 57 milhões de euros face a 2010. "Em 2010 e 2011 mantivemos a receita no mesmo patamar, indo buscar o que estava por cobrar, só que a receita está a cair e a previsão para 2012 é que serão cinco milhões de euros a menos", frisa o autarca.
Perante as tentativas falhadas de alienação do estádio municipal, a sua rentabilização é um dos objetivos que o executivo quer agora concretizar.
FORÇAS VIVAS ATENTAS E APREENSIVAS
O município, em linha com as opções de outras autarquias, deveria ter avançado com reduções no IMI, num momento em que as avaliações estão a trazer enormes subidas nos valores do imobiliário - José Benzinho, economista e professor
Um orçamento tão baixo deixa antever que o executivo não está a contar gastar dinheiro com nada que não seja pessoal e amortização da dívida. Este será mais um ano de retração e muitas dificuldades - Álvaro Albino, Presidente da Associação de Comerciantes
Leiria hipotecou o futuro com construções faraónicas que nada acrescentaram à melhoria da qualidade de vida dos leirienses. Este novo ano será, com toda a certeza, um ano extremamente difícil - David Neves, Presidente da Associação de Sunicultores
DISCURSO DIRECTO
Jorge Santos, presidente da Associação de Empresários
Correio da Manhã – Como encara a enorme redução do orçamento anual da Câmara?
Jorge Santos – No contexto atual, todas as entidades têm de procurar fazer o mesmo com menos recursos. Espero que corresponda a um esforço por aumentar a eficiência dos serviços e não se reflita negativamente no apoio à população e às empresas.
– Os benefícios fiscais para 2013 são os suficientes?
– Suficientes não serão, mas são decerto uma grande ajuda para ultrapassar esta fase. Será também muito útil que sejam agilizadas as decisões relativas aos processos que dão entrada na autarquia.
– Este já será um ano de recuperação da economia?
– Será um ano, para as famílias e também para as empresas, em que a nossa economia estará a readaptar-se às novas exigências.
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