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Política : “Chocou sorriso nos lábios”

billshcot

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Nov 10, 2010
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A rede social Facebook serviu para que alguns sociais-democratas de peso manifestassem o desagrado com o relatório do FMI e, acima de tudo, com as palavras do secretário de Estado Adjunto. O autarca de Cascais prontificou-se a pedir a demissão de Carlos Moedas. António Capucho vai mais longe e fala na queda do Governo.

Apesar de a polémica estar instalada, o Governo desvaloriza a situação, tendo o secretário de Estado da Presidência, Marques Guedes, ainda assim, resumido as várias reações a "declarações excessivas, acaloradas, outras a roçar o absurdo". E, apesar de recusar alongar-se em comentários, o governante fez questão de defender que "não é possível continuarmos com a dimensão do Estado que temos".

As farpas lançadas no seio do PSD começaram após o secretário de Estado Adjunto ter elogiado na terça-feira o relatório do FMI, com medidas para reduzir a despesa pública em 4 mil milhões de euros, considerando que este é "muito bem feito". Pouco depois, Carlos Carreiras, autarca de Cascais, publicava no Facebook: "Um membro de um qualquer governo que tem a ‘inteligência’ de produzir uma afirmação desta natureza, perante um relatório com este teor, só pode ter uma atitude – abandonar as funções governativas, deixar a política e assumir que aspira a ser consultor técnico." Ontem, o também presidente do Instituto Sá Carneiro reiterou as críticas e acrescentou: "Também me chocou porque havia um sorriso nos lábios." Já o ex--dirigente do PSD António Capucho utilizou a rede social para se manifestar "indignado" com o referido relatório, considerando que revela "alarmante insensibilidade". "Por este andar, não é apenas a situação de um secretário de Estado que deve ser posta em causa, mas de todo o Governo...", defendeu.

No CDS, parceiro de coligação, o mal--estar foi manifestado por João Almeida, que também no Facebook disse discordar "de muitas das propostas".

O CM tentou obter uma reação de Carlos Moedas, sem sucesso.

PERFIL

Carlos Carreiras é presidente da Câmara de Cascais e do Instituto Francisco Sá Carneiro. Nasceu em Lisboa em 1961. Licenciou-se em Contabilidade e Gestão de Empresas e fez o percurso profissional ligado a empresas multinacionais até 2005, altura em que entrou na política autárquica. Foi fundador da JSD e é dirigente nacional do PSD.

SEGURO DIZ QUE ELOGIO AO RELATÓRIO DO FMI É UMA OFENSA

O líder do PS, António José Seguro, diz que o Governo ofendeu os portugueses ao elogiar o relatório do FMI, defendendo uma reforma do Estado mas não através de "cortes cegos". "Quando o Governo vem elogiar o relatório do FMI, acho que isso é uma ofensa aos portugueses, porque aquilo que o Governo está a fazer é elogiar propostas que vêm destruir a coesão social" no País "e não há uma linha sobre o crescimento económico", criticou Seguro. Segundo o líder do PS, é preciso "reformar o Estado, mas não se pode confundir a reforma do Estado com cortes cegos e da natureza daqueles que são propostos no relatório do FMI".

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