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Amnistia Internacional quer que UE pressione EUA para encerrar Guantanamo

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Amnistia Internacional quer que UE pressione EUA para encerrar Guantanamo

A Amnistia Internacional quer que a União Europeia pressione os Estados Unidos para que estes encerrem a prisão de Guantanamo, 11 anos depois da primeira transferência para este centro de detenção norte-americano na ilha de Cuba.
Em comunicado, o diretor do Gabinete da Amnistia Internacional para as Instituições Europeias, Nicholas Beger, assinala ainda outro aniversário para reforçar a pretensão da organização de direitos humanos: o quarto desde que o Presidente dos EUA, Barack Obama, estabeleceu o prazo de um ano para o encerramento de Guantanamo.
“Estes dois aniversários relevam uma infeliz persistência de violações de direitos humanos flagrantes por parte dos EUA”, afirmou Beger.
“A recente decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos sobre o caso de Khaled El-Masri, um cidadão alemão detido pela CIA e sujeito a desaparecimento forçado e tortura, deve levar as autoridades norte-americanas a admitirem a verdadeira dimensão dos abusos cometidos e pôr-lhes um ponto final”, acrescentou o dirigente da Amnistia.
Nicholas Beger salientou ainda que esta “é também a oportunidade de os países europeus admitirem a sua participação”.
A Amnistia destaca o caso de Khaled El-Masri por ter motivado, em 13 de Dezembro último, a primeira condenação de um Estado europeu pelo envolvimento nos programas de detenções secretas liderados pela CIA.
Naquele dia, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou unanimemente a Antiga Republica Jugoslava da Macedónia (Macedónia) pelo encobrimento da detenção ilícita, desaparecimento forçado, tortura e outros maus-tratos do cidadão alemão Khaled El-Masri, assim como a sua transferência para fora da Macedónia onde foi vítima de posteriores violações de direitos humanos.
Ainda segundo a informação divulgada pela Amnistia Internacional, El-Masri, de ascendência libanesa, foi detido pelas autoridades macedónias, em 31 de Outubro de 2003, após a sua entrada no país proveniente da Sérvia.
A Amnistia diz ter sujeito a desaparecimento, interrogatórios e maus-tratos até 23 de Janeiro de 2004, quando foi entregue a agentes da CIA que o transferiram para um local de detenção secreto no Afeganistão, onde foi mantido sem ser acusado de qualquer crime. Em 28 de Maio de 2004 foi colocado num avião e enviado para a Albânia onde foi libertado.
A organização divulga ainda alguns números relativos à prisão de Guantanamo, designadamente que tem 166 detidos, quase metade dos quais iemenitas, que já por lá passaram 779 detidos, dos quais 600 detidos para outros países e que se registaram nove mortes de detidos, sete dos quais correspondentes a suicídios.

Fonte: Lusa/SOL
 
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