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Família chocada com enterro

billshcot

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Nov 10, 2010
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A minha mãe está de rastos por não cumprir a última vontade do meu pai." O lamento pertence a Ana Maria Gomes, filha de José Gomes, que morreu no dia 9, aos 90 anos. A família foi obrigada a sepultá-lo numa cova, quando a sua vontade era ficar num gavetão.

"O que aconteceu no cemitério da Amadora não se faz a um ser humano", acrescentou, recordando a tarde do dia 10. Igualmente em choque, o irmão, José Gomes, explica que só no cemitério à hora do funeral é que foram informados pelo coveiro que o pai não podia ser sepultado no gavetão por o elevador que colocaria a urna estar avariado.

"Não é compreensível. Só às 15h00, quando chegámos ao cemitério, é que tivemos conhecimento de que o corpo ia para uma cova", referiu ontem na casa da irmã, em Queluz (Sintra), José, que disse levar para a Suíça, país onde trabalha, a mágoa de não cumprir a vontade do pai.

O falecido e a mulher Gertrudes residiam na Brandoa e, por isso, José Gomes foi sepultado no concelho da A-madora. "Tentámos impedir o funeral, mas contra a nossa vontade, o meu pai foi enterrado pelas 17h00", acrescentou a irmã. Por ser fim de semana, a Câmara da Amadora remeteu uma resposta para segunda-feira.

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