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Guarda : Dívida da câmara causa falências

billshcot

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Nov 10, 2010
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A Câmara da Guarda pediu 18 milhões de euros ao Governo para pagar dívidas de curto prazo a algumas empresas da região que entretanto faliram, ou estão em risco de fechar portas. Ao grupo de construção civil Chupas e Morrão, cuja insolvência foi reclamada por antigos trabalhadores, a autarquia tem pagamentos em atraso de 1,4 milhões de euros. À ARL, outra empresa do ramo que faliu em 2011 e deixou cem pessoas sem trabalho, a dívida ascende a 360 mil euros.

A regularização destes valores está dependente do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), uma linha de crédito para municípios endividados, que impõe mais aumentos de impostos e cortes na despesa. Joaquim Valente (PS), presidente da Câmara da Guarda, garante que o orçamento deste ano foi elaborado "já a contar com desequilíbrios económicos e sociais, fruto da política de austeridade e das condições do empréstimo".

O autarca admite que o peso da dívida é "excessivo" para famílias e empresas. No total, a dívida do município ascende a 48 milhões de euros, dos quais 22,8 milhões de euros dizem respeito à Banca.

Por isso, a ordem na autarquia, segundo frisa Joaquim Valente, é para emagrecer. "Entre 2010 e 2012, a câmara reduziu a dívida em 14,5 milhões de euros (30%)", um objetivo conseguido à custa de "fatores fiscais e de cortes orçamentais". Um cenário que, antecipa, irá piorar nos próximos anos, com as "reavaliações do IMI e outras medidas previstas no PAEL".

Uma das taxas municipais que mais sobem este ano é a dos resíduos sólidos urbanos, somada na fatura da água.

DISCURSO DIRETO

"A CIDADE PERDEU MUITO VALOR", Pedro Tavares, Pres. Núcleo Empresarial Guarda

Correio da Manhã - Os impostos municipais da Guarda são suportáveis?

Pedro Tavares - Não. A revisão do IMI vai ser brutal. Outro grande encargo é o do preço da água.

- A situação ainda pode ficar pior?

- Sim. Não houve medidas para fomentar o emprego, e acabou o dinheiro para obras públicas. Não há trabalho, estamos atolados em dívidas, e a emigração aumenta. Tudo isso cria buracos financeiros que têm de ser tapados.

- A Câmara da Guarda cobra o preço justo pelos serviços que presta?

- Pagamos impostos como se vivêssemos numa cidade rica, com todas as condições. Não é verdade. O problema é mais grave porque a cidade perdeu valor nos últimos anos. Quanto vale agora uma casa, um terreno ou uma empresa por estar na Guarda?

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