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Índios resistem a cerco da tropa de choque no Rio de Janeiro

billshcot

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Nov 10, 2010
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Cerca de 60 guerreiros de várias etnias de índios brasileiros entricheiraram-se ao longo de todo o dia deste sábado no casarão onde funcionou até final da década de 70 o Museu do índio, no Maracanã, zona norte da cidade brasileira do Rio de Janeiro, e impediram que a tropa de choque enviada pelo governo os expulsasse do local.

Desde há seis anos, índios de diversas etnias adoptaram o antigo museu, que ficou abandonado por mais de 20 anos, como a sua casa, criando na área a 'Aldeia Maracanã'.

O numeroso contingente da tropa de choque, enviado pelo executivo comandado pelo governador Sérgio Cabral Filho, cercou toda a área desde o amanhecer exibindo escudos e longos bastões de borracha, e movimentando-se como se a qualquer momento fossem iniciar um ataque de invasão ao edifício. Os índios, armados com os seus tradicionais arcos e flechas, entricheiraram-se nas partes mais altas e deixaram claro que iriam resistir à invasão.

Ao início da noite, depois da repercussão fortemente negativa nos media e da chegada de advogados que voluntariamente se prestaram a defender os índios e de deputados ligados a movimentos de defesa dos direitos humanos, o governo deu ordem para a tropa terminar o cerco e retirar. Mas o governo de Sérgio Cabral não desistiu de tomar a área, e vai tentar na justiça conseguir uma ordem para expulsar os indígenas.

De acordo com um comunicado divulgado há dias pelo próprio governo, o imóvel onde funcionou o Museu do índio e que agora é uma aldeia indígena bem no meio da capital carioca, precisa ser desapropriado em função de uma exigência da FIFA nesse sentido, para fazer obras de ampliação do Estádio do Maracanã, visando o mundial de futebol de 2014.

Mas a própria FIFA, também em comunicado, já desmentiu essa informação, dizendo que não pediu aquela área, e os índios denunciam que o governo do estado do Rio na verdade quer é vendê-la para a iniciativa privada, para que esta construa no local um lucrativo centro comercial e um grande estacionamento.

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