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Economia recua até ao ano 2000

billshcot

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Nov 10, 2010
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Exportações travam a fundo. Decisão do Constitucional pode agravar cenário de recessão. Previsões não contemplam o corte de quatro mil milhões

O ano de 2013 começa com o Banco de Portugal a prever um quebra da riqueza em 1,9%. O dobro do previsto pelo Governo. Segundo o banco liderado por Carlos Costa, o Produto Interno Bruto (PIB) e o consumo das famílias vão regressar a níveis registados em 2000. Mas tudo isto pode ser bem pior se o Tribunal Constitucional decidir ‘chumbar' alguns artigos do Orçamento, e se a conjuntura internacional se agravar. Com efeito, as incertezas são tantas que a probabilidade do PIB encolher ainda mais este ano é, de acordo com o Banco de Portugal, de 60%, enquanto a probabilidade de tudo correr melhor é de, apenas, 40%.

O atual grande motor da economia portuguesa, as exportações, vai travar a fundo em 2013. Depois de um crescimento de 4,1% em 2012, este ano não vão além de 2%. A culpa é da Espanha e da Alemanha, que estão a comprar cada vez menos produtos portugueses, e das greves dos estivadores, que nos fizeram perder quota de mercado.

Quanto ao consumo privado, a autoridade monetária prevê uma quebra de 3,6%, depois de um recuo de 5,5% em 2012, muito influenciado pelo facto dos funcionários públicos e pensionistas terem perdido os subsídios de férias e Natal.

Na melhor das hipóteses a economia vai parar de descer no último mês de 2013, para iniciar um crescimento moderado em 2014 (1,4%) sempre suportado pela dinâmica da procura externa. Com menos riqueza, haverá menos receitas fiscais, com reflexos naturais nos objetivos a atingir a nível do défice.

PASSOS "NEGANOU-SE MAIS UMA VEZ"

O líder do PS afirmou ontem que os dados do Banco de Portugal demonstram que o primeiro--ministro, Passos Coelho, "enganou-se mais uma vez", já que a recessão será "quase o dobro" das estimativas do Governo. Seguro garantiu que antecipou o calendário para apresentar um programa alternativo de Governo.

CORTAR DESPESA É OBRIGATÓRIO, NEM QUE SEJA À FORÇA

O Banco de Portugal (BdP) considera que a contenção e os cortes na despesa são incontornáveis, sob pena de ser imposta pelos mecanismos europeus.

"Se as instituições nacionais, através de uma atuação rigorosa e disciplinada, não forem capazes de o fazer de forma seletiva e refletindo escolhas coletivas informadas e claras, a redução da despesa será imposta pelos mecanismos de supervisão orçamental a nível da União Europeia e pelos mercados financeiros", lê-se no artigo do Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal que acompanha o Boletim Económico de Inverno.

Numa análise onde se aponta um crescimento substancial até 2010 da despesa primária - em especial das pensões - é ainda considerado que estes cortes terão de ser feitos para adequar o nível de despesa ao que as pessoas estão dispostas a pagar.

"A necessidade de contenção e cortes da despesa é incontornável dada a indispensabilidade de adequar o nível de despesa pública à capacidade produtiva da economia e à carga fiscal que os agentes económicos no seu conjunto estão dispostos a suportar", diz o artigo da instituição.

Os economistas do BdP sublinham ainda que Portugal foi dos países da Zona Euro que, apesar do aumento pouco significativo do PIB per capita, registaram uma das maiores subidas da despesa pública em percentagem do PIB.

É PRECISO TER CONSENSOS PARA O CRESCIMENTO

A necessidade de consensos sociais é considerada fundamental para permitir um regresso ao crescimento económico. Os processos de recuperação económica da Holanda e da Suécia tiveram por base um pacto entre todas as forças políticas.

O ANO DE 2013 TRAZ MAIS 88 MIL DESEMPREGADOS

O Banco de Portugal estima que a economia destrua cerca de 88 mil empregos durante este ano, prevendo uma queda no nível de emprego de 1,9%, depois de em 2012 se ter registado uma queda de 3,7%.

MINIMIZAR O RISCO DAS PME JUNTO DA BANCA

A criação de uma instituição financeira (banco de fomento) que possa reduzir os riscos de crédito das PME deve ser uma das prioridades do Banco de Portugal nos próximos meses. Esta instituição canalizará parte dos fundos do QREN.

NOTAS MELHORES EM FAMÍLIAS MONOPARENTAIS

Pertencer a uma família monoparental tem influência positiva sobre resultados escolares, revela um estudo incluído no Boletim de Inverno, que analisou diferenças regionais no desempenho e sugeriu mais autonomia para as escolas.

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