billshcot
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Os efeitos do temporal que assolou o País no sábado continuam a fazer-se sentir, com uma morte a lamentar, em Alcobaça30 mil casas sem eletricidade, muitas sem água, escolas fechadas e prejuízos elevados no comércio e na agricultura. O mau tempo está de volta hoje, com previsão de chuva, granizo e neve, rajadas de vento de 100 km/hora e descida das temperaturas.
Em Penacova, comerciantes deitaram fora dezenas de quilos de carne e peixe das arcas frigoríficas, após dois dias sem luz. "Está tudo destruído", lamenta Arsénio Gomes, proprietário de um restaurante. A Helena Carvalho, dona de um talho, valeu um gerador, mas teve de levar água de casa. Em Pombal, metade do concelho continua sem luz, disse o presidente do município, Narciso Mota, adiantando que a EDP não sabe quando será reposta.
Em todo o País prossegue a avaliação dos prejuízos, tendo já sido apurados danos de 12,5 milhões de euros. No Oeste, somam dois milhões de euros, com a destruição de 40 hectares de estufas de morangos em Torres Vedras e Caldas da Rainha, e cem hectares de área de cultivo afetados, segundo a Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste.
Em Almeirim, foram destruídas 60 estufas de morangos, com prejuízos de meio milhão de euros. A norte, a destruição nas estufas de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Esposende representa cinco milhões de euros de prejuízo. Na serra de Sintra, a queda de árvores também originou estragos avaliados em cinco milhões de euros.
Os pedidos de ajuda não tardaram e a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, garantiu ontem que os agricultores podem recorrer ao PRODER e a linhas de crédito, com a comparticipação a chegar aos 75 por cento a fundo perdido.
ÁGUA NAS ESCOLAS GRAÇAS A BOMBEIROS
Mais de 900 alunos das Caldas da Rainha estão sem aulas devido aos estragos provocados pelo mau tempo no edifício da secundária Bordalo Pinheiro. A falta de eletricidade e de água interrompeu as atividades letivas noutras escolas nos distritos de Leiria, Santarém e Coimbra.
Em Leiria, alguns estabelecimentos conseguiram funcionar devido ao abastecimento de água feito pelas corporações de bombeiros. Foi o caso da escola de Santa Catarina da Serra: uma viatura dos voluntários foi ali estacionada e a água para as refeições e sanitários foi sendo retirada do autotanque, em recipientes, ao longo do dia.
Na zona da Gândara dos Olivais, em Leiria, a queda de pinheiros destruiu o parque infantil do jardim de infância da Ardog, que foi fechado devido ao risco de queda de outras árvores de grande porte.
HOMEM MORRE A REPARAR TELHADO DESTRUÍDO
Um homem de 72 anos morreu anteontem de manhã na sequência de uma queda de dois metros, quando estava a reparar telhas da cobertura da garagem da sua casa, que tinham sido danificadas pelo temporal, em Silval, no concelho de Alcobaça. O funeral de João Ferreira Fernandes, operário reformado de uma empresa de rolamentos, realiza-se hoje no cemitério de Turquel, Alcobaça.
AGRICULTORA FICOU SEM 11 ESTUFAS
Nas Caldas da Rainha, dez hectares de estufas de morango ficaram destruídos, provocando prejuízos de um milhão de euros. Em risco estão 80 postos de trabalho. "Ficou quase tudo destruído", desabafou Ana Paula, dona de um hectare de estufas em Trabalhias. A agricultora tinha alfaces, grelos e couve--coração em 13 estufas: "Só duas escaparam, mas não vou desistir. É disto que vivemos."
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Em Penacova, comerciantes deitaram fora dezenas de quilos de carne e peixe das arcas frigoríficas, após dois dias sem luz. "Está tudo destruído", lamenta Arsénio Gomes, proprietário de um restaurante. A Helena Carvalho, dona de um talho, valeu um gerador, mas teve de levar água de casa. Em Pombal, metade do concelho continua sem luz, disse o presidente do município, Narciso Mota, adiantando que a EDP não sabe quando será reposta.
Em todo o País prossegue a avaliação dos prejuízos, tendo já sido apurados danos de 12,5 milhões de euros. No Oeste, somam dois milhões de euros, com a destruição de 40 hectares de estufas de morangos em Torres Vedras e Caldas da Rainha, e cem hectares de área de cultivo afetados, segundo a Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste.
Em Almeirim, foram destruídas 60 estufas de morangos, com prejuízos de meio milhão de euros. A norte, a destruição nas estufas de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Esposende representa cinco milhões de euros de prejuízo. Na serra de Sintra, a queda de árvores também originou estragos avaliados em cinco milhões de euros.
Os pedidos de ajuda não tardaram e a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, garantiu ontem que os agricultores podem recorrer ao PRODER e a linhas de crédito, com a comparticipação a chegar aos 75 por cento a fundo perdido.
ÁGUA NAS ESCOLAS GRAÇAS A BOMBEIROS
Mais de 900 alunos das Caldas da Rainha estão sem aulas devido aos estragos provocados pelo mau tempo no edifício da secundária Bordalo Pinheiro. A falta de eletricidade e de água interrompeu as atividades letivas noutras escolas nos distritos de Leiria, Santarém e Coimbra.
Em Leiria, alguns estabelecimentos conseguiram funcionar devido ao abastecimento de água feito pelas corporações de bombeiros. Foi o caso da escola de Santa Catarina da Serra: uma viatura dos voluntários foi ali estacionada e a água para as refeições e sanitários foi sendo retirada do autotanque, em recipientes, ao longo do dia.
Na zona da Gândara dos Olivais, em Leiria, a queda de pinheiros destruiu o parque infantil do jardim de infância da Ardog, que foi fechado devido ao risco de queda de outras árvores de grande porte.
HOMEM MORRE A REPARAR TELHADO DESTRUÍDO
Um homem de 72 anos morreu anteontem de manhã na sequência de uma queda de dois metros, quando estava a reparar telhas da cobertura da garagem da sua casa, que tinham sido danificadas pelo temporal, em Silval, no concelho de Alcobaça. O funeral de João Ferreira Fernandes, operário reformado de uma empresa de rolamentos, realiza-se hoje no cemitério de Turquel, Alcobaça.
AGRICULTORA FICOU SEM 11 ESTUFAS
Nas Caldas da Rainha, dez hectares de estufas de morango ficaram destruídos, provocando prejuízos de um milhão de euros. Em risco estão 80 postos de trabalho. "Ficou quase tudo destruído", desabafou Ana Paula, dona de um hectare de estufas em Trabalhias. A agricultora tinha alfaces, grelos e couve--coração em 13 estufas: "Só duas escaparam, mas não vou desistir. É disto que vivemos."
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