billshcot
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O choque entre dois comboios ocorrido anteontem na Linha do Norte, em Alfarelos, Soure, Coimbra, e que causou 21 feridos, terá sido provocado por uma falha no Controlo Automático de Velocidade (Convel) – sistema que tem como missão garantir o cumprimento da sinalização e da velocidade autorizada de circulação.
A avaria pode estar relacionada com problemas no material causados pelo temporal. A acumulação de detritos nos carris pode ser uma hipótese. Segundo o CM apurou no local, o Intercidades (Lisboa-Porto) terá ficado com as rodas bloqueadas e entrou em derrapagem. O maquinista acionou o freio de emergência, mas não conseguiu evitar o choque - entre 60 a 70 km/h - com o Regional (Entroncamento-Coimbra). O maquinista desta composição também terá tido dificuldades em parar e estaria a transmitir a informação para o posto de comando no momento em que foi abalroado.
Considerado o ‘polícia automático' dos comboios, o Convel atua no sistema de travagem (obrigando o comboio a parar) sempre que não for cumprido algum requisito de segurança. Segundo Manuel Tão, especialista em ferrovias e professor da Universidade do Algarve, terá havido um problema de comunicação entre a infraestrutura (emissores colocados na via férrea) e a máquina (antenas nos comboios que leem a informação das balizas e a transmitem para um painel na cabina do maquinista). Ou de ambos. "Este acidente não podia ter acontecido", diz ao CM. Esta é também a opinião de José Manuel Oliveira, do Sindicato Nacional de Trabalhadores do Setor Ferroviário: "Este acidente não tem justificação tendo em conta o investimento feito na Linha do Norte. Houve aqui uma falha que é essencial explicar".
CIRCULAÇÃO MANTÉM-SE CORTADA
Os trabalhos de remoção dos destroços começaram logo após a colisão. Ontem, estiveram no terreno técnicos do Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres, que têm a seu cargo a investigação do acidente. Para rebocar as carruagens destruídas foram mobilizadas uma grua e uma composição de emergência. Várias equipas continuavam a tentar desobstruir a via.
Os trabalhos são morosos e a circulação mantinha-se, ao fim do dia, interrompida entre Pombal e Coimbra-B, sendo assegurado o transbordo por serviço rodoviário. Um dia após o acidente, Paulo Palrilha, comandante de operações de socorro de Coimbra, diz que a operação correu bem. A maior dificuldade surgiu no desencarceramento da carruagem abalroada para confirmar que não havia vítimas entre os destroços.
cm
A avaria pode estar relacionada com problemas no material causados pelo temporal. A acumulação de detritos nos carris pode ser uma hipótese. Segundo o CM apurou no local, o Intercidades (Lisboa-Porto) terá ficado com as rodas bloqueadas e entrou em derrapagem. O maquinista acionou o freio de emergência, mas não conseguiu evitar o choque - entre 60 a 70 km/h - com o Regional (Entroncamento-Coimbra). O maquinista desta composição também terá tido dificuldades em parar e estaria a transmitir a informação para o posto de comando no momento em que foi abalroado.
Considerado o ‘polícia automático' dos comboios, o Convel atua no sistema de travagem (obrigando o comboio a parar) sempre que não for cumprido algum requisito de segurança. Segundo Manuel Tão, especialista em ferrovias e professor da Universidade do Algarve, terá havido um problema de comunicação entre a infraestrutura (emissores colocados na via férrea) e a máquina (antenas nos comboios que leem a informação das balizas e a transmitem para um painel na cabina do maquinista). Ou de ambos. "Este acidente não podia ter acontecido", diz ao CM. Esta é também a opinião de José Manuel Oliveira, do Sindicato Nacional de Trabalhadores do Setor Ferroviário: "Este acidente não tem justificação tendo em conta o investimento feito na Linha do Norte. Houve aqui uma falha que é essencial explicar".
CIRCULAÇÃO MANTÉM-SE CORTADA
Os trabalhos de remoção dos destroços começaram logo após a colisão. Ontem, estiveram no terreno técnicos do Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres, que têm a seu cargo a investigação do acidente. Para rebocar as carruagens destruídas foram mobilizadas uma grua e uma composição de emergência. Várias equipas continuavam a tentar desobstruir a via.
Os trabalhos são morosos e a circulação mantinha-se, ao fim do dia, interrompida entre Pombal e Coimbra-B, sendo assegurado o transbordo por serviço rodoviário. Um dia após o acidente, Paulo Palrilha, comandante de operações de socorro de Coimbra, diz que a operação correu bem. A maior dificuldade surgiu no desencarceramento da carruagem abalroada para confirmar que não havia vítimas entre os destroços.
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