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Fitch alerta: Riscos de Portugal mantêm-se

florindo

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Riscos de Portugal mantêm-se

O regresso de Portugal aos mercados com uma emissão de dívida de 2,5 mil milhões de euros foi positivo para o seu perfil de crédito, segundo a agência Fitch, mas mantêm-se riscos económicos e políticos significativos.
O analista da agência de notação financeira Fitch, Michele Napolitano, considera que Portugal não terá acesso integral aos mercados antes do fim do programa de assistência financeira e adianta que será necessário um novo programa e apoio adicional ao financiamento.
A Fitch destaca que se vive uma fase positiva, com os juros exigidos pelos investidores para comprar dívida soberana a dez anos a atingirem valores mínimos dos últimos dois anos, mas Portugal continua a enfrentar desafios para retomar o acesso total aos mercados devido às grandes necessidades de financiamento e ao elevado prémio de risco no final da curva de rendimentos, que aumenta os custos do financiamento.
O leilão de quarta-feira correspondeu à terceira etapa da preparação do regresso de Portugal aos mercados financeiros, depois do aumento do montante dos Bilhetes do Tesouro, que foi concretizado em Abril de 2012 e da operação de troca de dívida que aconteceu em Setembro.
O leilão aumentou também a possibilidade de Portugal ser ajudado através do programa de Transacções Monetárias Directas (OMT) do Banco Central Europeu, que poderá tornar as compras de dívida soberana ilimitadas, mas as condições ainda não são claras.
A queda dos juros sobre as obrigações portuguesas e "o bem sucedido leilão de dívida" sugerem que um dos aspectos positivos identificados pela Fitch em Novembro - o abrandamento da crise na zona euro - está a ter um efeito positivo em Portugal, mas a economia tem de ultrapassar vários obstáculos, já que as perspectivas são fracas e dificultam a redução do défice.
Será exigido um grande esforço para conseguir que as finanças públicas se tornem sustentáveis a médio prazo, o que pode implicar mais medidas fiscais, incluindo cortes na despesa, e exigirá um novo teste ao compromisso dos partidos com o programa.
Além disso, os constrangimentos institucionais podem limitar o espaço de manobra do Governo, pelo que os riscos políticos são significativos, sublinha a Fitch.
Um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) inferior ao esperado, que conduza ao aumento da dívida pública terá também consequências negativas para o ‘rating’ [avaliação] e afectará o sentimento dos investidores face à divida portuguesa.

Fonte: Lusa/SOL
 
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