Egito:21 condenados à morte

O tribunal penal do Egito condenou à pena de morte os 21 acusados pelo massacre ocorrido no ano passado num estádio, onde morreram 74 pessoas durante confrontos entre adeptos de dois clubes de futebol rivais.

O presidente do tribunal ordenou que as sentenças dos 21 acusados fossem agora enviadas para o Grande Mufti (autoridade máxima religiosa do país), que é quem tem a última palavra nas sentenças de morte.

Minutos depois de ter sido tornada pública a decisão do tribunal, os familiares dos condenados tentaram invadiram a cadeia, onde se encontravam detidos os 21 acusados, segundo informações avançadas pela televisão estatal.

O tribunal ordenou ainda que os restantes 50 réus permaneçam detidos até que seja decidida a sentença definitiva para todos os acusados, ou seja, depois de ser conhecida a decisão do Mufti.

Em fevereiro de 2012, 74 pessoas morreram e 254 ficaram feridas nos confrontos no estádio de Port Said entre seguidores do clube local - Al Masry - e do clube Al Ahly, o mais popular do país, onde Manuel José foi treinador.

O treinador português estava à frente dos destinos do Al Ahly. Na altura relatou que foi o caos. "Levei socos, mas estou bem". A equipa viveu momentos de pânico e de terror. Manuel José acabou por sair do Al Ahly.

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27 mortos em confrontos após condenação à morte de adeptos de futebol

27 mortos em confrontos após condenação à morte de adeptos de futebol

Um tribunal egípcio condenou 21 adeptos de futebol à pena de morte por terem participado na violência de um jogo de futebol há um ano em Port Said.
A decisão judicial acendeu um rastilho de revolta entre os familiares e habitantes da localidade, fazendo novos confrontos que levaram já à morte de 27 pessoas.O juiz leu a sentença sem detalhar os motivos que levaram às penas pesadas. Os arguidos – que não estiveram presentes por razões de segurança – podem ainda recorrer da decisão.
A violência no jogo de Port Said, em Fevereiro do ano passado, custou a vida a 74 adeptos do clube Al-Ahly, clube na altura treinado pelo português Manuel José, que regressou a Portugal logo após os incidentes. O técnico chegou a ser agredido, mas sem gravidade.
Os últimos dois dias têm sido sangrentos no Egipto. Entre os incidentes do segundo aniversário da revolução, nos quais morreram 11 pessoas, e a revolta com esta decisão judicial, perderam a vida 38 pessoas.
O presidente Mohammed Morsi cancelou a viagem que tinha agendada hoje à Etiópia e optou por reunir-se com os líderes das forças armadas.

Fonte: AP/SOL