billshcot
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A dívida da Câmara de Portimão cresceu 10 milhões de euros em 2012, cifrando-se atualmente em 169 milhões. A Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) aponta mesmo Portimão como a autarquia pior pagadora do País, demorando, em média, 3,5 anos a saldar as contas com os fornecedores. A câmara diz que o prazo é de menos de um ano, argumentando que a DGAL contabilizou as dívidas à Banca no sistema de factoring.
Além dos fornecedores, a grave situação financeira da autarquia também afeta o bolso dos munícipes. As taxas do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) subiram este ano para os valores máximos. E as tarifas da água, saneamento e resíduos sólidos, que já eram das mais elevadas do Algarve, sofreram agora aumentos entre 7% e 15%, de acordo com os diversos escalões.
Manuel da Luz, presidente da autarquia (PS), reconhece que a situação financeira "é complicada" e está "fortemente dependente" de um empréstimo de 100 milhões de euros, no âmbito do programa do Governo para pagamento de dívidas. A autarquia precisa ainda de mais 39 milhões da Banca, através do plano de reequilíbrio financeiro.
O autarca garante que a câmara tem vindo a cortar na despesa, tendo reduzido no ano passado em 21 milhões de euros os gastos não rígidos (inclui toda a despesa, exceto com pessoal e juros bancários), em comparação com a média dos últimos três anos.
Em preparação está agora a "reformulação do setor empresarial" da autarquia, com a tomada de "decisões drásticas", que poderão implicar "a redução de pessoal", segundo revela Manuel da Luz.
DISCURSO DIRETO
"MUITAS EMPRESAS JÁ FECHARAM", Paulo Pacheco, Pres. Associação Com. de Portimão
Correio da Manhã – A difícil situação financeira da câmara tem reflexos no tecido empresarial do concelho?
Paulo Pacheco – É óbvio que tem reflexos negativos. As taxas e licenças, por exemplo, sofreram no ano passado um agravamento muito penalizante para as empresas. A água também é das mais caras do Algarve e vai subir ainda mais este ano, o que também é prejudicial para as empresas e para os particulares.
– Como é que as empresas do concelho têm resistido à crise e ao agravamento de custos?
– Muitas empresas já fecharam as portas, porque não conseguem suportar os custos. Os últimos dois anos têm sido trágicos para a economia.
– O comércio é dos setores mais afetados?
– Sim. O centro da cidade está a ficar cada vez mais desertificado de empresas e de pessoas, como se pode constatar.
cm
Além dos fornecedores, a grave situação financeira da autarquia também afeta o bolso dos munícipes. As taxas do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) subiram este ano para os valores máximos. E as tarifas da água, saneamento e resíduos sólidos, que já eram das mais elevadas do Algarve, sofreram agora aumentos entre 7% e 15%, de acordo com os diversos escalões.
Manuel da Luz, presidente da autarquia (PS), reconhece que a situação financeira "é complicada" e está "fortemente dependente" de um empréstimo de 100 milhões de euros, no âmbito do programa do Governo para pagamento de dívidas. A autarquia precisa ainda de mais 39 milhões da Banca, através do plano de reequilíbrio financeiro.
O autarca garante que a câmara tem vindo a cortar na despesa, tendo reduzido no ano passado em 21 milhões de euros os gastos não rígidos (inclui toda a despesa, exceto com pessoal e juros bancários), em comparação com a média dos últimos três anos.
Em preparação está agora a "reformulação do setor empresarial" da autarquia, com a tomada de "decisões drásticas", que poderão implicar "a redução de pessoal", segundo revela Manuel da Luz.
DISCURSO DIRETO
"MUITAS EMPRESAS JÁ FECHARAM", Paulo Pacheco, Pres. Associação Com. de Portimão
Correio da Manhã – A difícil situação financeira da câmara tem reflexos no tecido empresarial do concelho?
Paulo Pacheco – É óbvio que tem reflexos negativos. As taxas e licenças, por exemplo, sofreram no ano passado um agravamento muito penalizante para as empresas. A água também é das mais caras do Algarve e vai subir ainda mais este ano, o que também é prejudicial para as empresas e para os particulares.
– Como é que as empresas do concelho têm resistido à crise e ao agravamento de custos?
– Muitas empresas já fecharam as portas, porque não conseguem suportar os custos. Os últimos dois anos têm sido trágicos para a economia.
– O comércio é dos setores mais afetados?
– Sim. O centro da cidade está a ficar cada vez mais desertificado de empresas e de pessoas, como se pode constatar.
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