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António Costa não é candidato a líder do PS

billshcot

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Nov 10, 2010
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Após uma longa reunião, o socialista desiste de concorrer com Seguro pela liderança do partido para evitar uma "confrontação que não era desejável". Garante apoio nas autárquicas, mas não esclarece se a candidatura a secretário-geral ainda pode vir a acontecer

Faltavam poucos minutos para as quatro da manhã desta quarta-feira quando António Costa desfez o mistério e confirmou que não avança para a liderança do Partido Socialista (PS). O presidente da câmara de Lisboa, que se recandidata apenas à autarquia, esclareceu no final de uma longa reunião da Comissão Política do PS que vai trabalhar com o actual secretário-geral, António José Seguro, para "construir uma alternativa forte, que fortaleça o PS nas candidaturas autárquicas e que permita unir o partido evitando uma confrontação que neste momento a todos os títulos não era desejável". Mas não esclareceu se ainda há hipótese de se candidatar ao cargo.

No encontro de socialistas, no Largo do Rato, "disse em que condições e o que me levaria a candidatar e o que não levaria", esclareceu António Costa aos jornalistas. Admitindo que "o problema é de estratégia e funcionamento interno do partido", o autarca diz ter apresentado um projecto ao secretário-geral, que "correspondeu muito positivamente". "Foram criadas condições para trabalharmos todos para fortalecer a unidade do PS e podermos ter uma alternativa forte ao actual Governo", entende o socialista, justificando assim porque não avança.

Depois de vários dias de indefinição quanto ao futuro político de António Costa, pressionado pela ala socrática do PS a disputar a liderança com Seguro, o que levou à convocação da reunião da Comissão Política com carácter de urgência para esta terça-feira, e da Comissão Nacional para o próximo dia 10, o autarca deixa assim cair, para já, a hipótese de se candidatar a secretário-geral do PS para se concentrar na corrida à câmara de Lisboa, onde vai enfrentar Fernando Seara.

A decisão contrariou as informações que ao longo de quase sete horas de reunião fontes próximas do socialista foram transmitindo à comunicação social. No largo do Rato, o secretário-geral do PS terá mesmo lido aos presentes a notícia da agência Lusa que dava como certa a candidatura de Costa para exigir ao autarca a clarificação de intenções.

No final, Seguro considerou que "a Comissão Política do PS esteve à altura das suas responsabilidades colocando em primeiro lugar o serviço de Portugal e os interesses dos portugueses". Aos socialistas, o responsável deixou a garantia de que vai propor, na próxima comissão Nacional, "a marcação do Congresso Nacional do PS o mais breve possível". O encontro, garante, "será um reforço do PS, da unidade e da alternativa política ao actual Governo". Numa curta declaração à comunicação social, o líder do PS expressou ainda a "satisfação" pela recandidatura de Costa à autarquia de Lisboa. "Tive oportunidade de dizer que Lisboa estava em boas mãos, e vai continuar em boas mãos",resumiu.

O secretário-geral abriu o encontro com um discurso duro onde exigiu lealdade e união aos camaradas, teceu duras críticas a uma situação gerada por "jogos políticos". "Não admito que nenhum combate político seja condicionado por agendas pessoais, pela mera ambição pessoal e o regresso ao passado",afirmou.

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