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Jornal "El Pais" publica "papéis secretos" de alegados pagamentos a líderes do PP

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O jornal espanhol "El Pais" publica, esta quinta-feira, o que identifica como "os papéis secretos de (Luis) Bárcenas", o ex-tesoureiro do Partido Popular, que, alegadamente, demonstram pagamentos regulares aos principais dirigentes do partido entre 1990 e 2009.

Os documentos, obtidos pelo jornal e que terão sido preparados por Barcenas e pelo seu antecessor, Álvaro Lapuerta, incluem também referências manuscritas a doações ao partido de alguns dos principais empresários espanhóis, nomeadamente do setor da construção.

Nesses documentos estão referidos os nomes do atual presidente do partido (e chefe do Governo espanhol), Mariano Rajoy, da secretária-geral do PP, María Dolores de Cospedal, e de outros importantes elementos da cúpula do partido.

O jornal refere que os líderes do PP a quem pediu comentários negam ter recebido o dinheiro, o mesmo acontecendo com alguns dos empresários citados nos documentos.

Ao início da manhã de hoje, o Partido Popular (PP) reagiu em comunicado, negando que exista "contabilidade oculta" no partido e insistindo que "as retribuições aos cargos e funcionários do partido sempre se realizaram de acordo com a legalidade e cumprindo as obrigações tributárias".

A informação hoje publicada surge na sequência da revelação, na semana passada, de que Luis Barcenas chegou a ter 22 milhões de euros em contas na Suíça.

Esses fundos foram transferidos para outras contas em 2009 depois de Barcenas ser envolvido, como arguido, no polémico caso Gurtel, considerado um dos maiores de sempre da justiça espanhola sobre corrupção.

Em causa está uma rede de corrupção que alegadamente operava em várias zonas de Espanha, todas elas governadas pelo Partido Popular -- tanto a nível local como regional --, e que subornava líderes políticos para conseguir contratos milionários.

Branqueamento de capitais, fraude fiscal, tráfico de influências, suborno são alguns dos crimes imputados aos principais responsáveis da rede.

As notícias sobre as contas de Barcenas despoletaram uma intensa polémica com alguma imprensa a revelar alegações de que no tempo em que Barcenas era tesoureiro -- até 2009 -- alguns dirigentes do partido recebiam dinheiro, em envelopes e não declarado, como 'suplemento' aos seus salários.

Essa informação sobre uma contabilidade paralela do partido foi já repetidamente desmentida pelos principais líderes do PP.

No caso de Mariano Rajoy, os documentos referem pagamentos anuais de 25.200 euros durante 11 anos, que começam a aparecer em 1997, com pagamentos semestrais de 2.100.000 pesetas, e, a partir de 2002, o equivalente em euros (cerca de 12.600 euros).

O assunto em torno de Barcenas tem hoje também outra polémica, com a imprensa a referir que o advogado do ex-tesoureiro apresentou ao juiz do caso Gurtel documentos que, alegadamente, provam que regularizou 11 milhões de euros que tinha na Suíça através da amnistia fiscal aprovada no ano passado pelo Governo do seu partido.

Esse recurso à amnistia foi feito junto da Fazenda espanhola, segundo os documentos, através da empresa Tesedul.

A Fazenda espanhola negou que Barcenas esteja entre os que recorreram à amnistia fiscal, não excluindo porém a possibilidade de que o tenha feito através de uma empresa.

Em comunicado, o Ministério da Fazenda e Administrações Públicas explica que Barcenas "não apresentou a Declaração Tributária Especial", afirmando que recorrer à amnistia não significa "legalizar as condutas ilícitas que tenham gerado os recursos económicos".

"Quem tenha cometido um delito de branqueamento continuará a ser responsável por esses delitos", refere o comunicado.







JN
 
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