billshcot
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Higino Mendes, de 60 anos, partiu de Cabo Verde em 1971, rumo a Portugal. Combateu em Angola e regressou a Lisboa, onde vive na rua, há oito anos.
O cabo-verdiano vagueia pela zona da Alameda, em Lisboa, onde é conhecido por ‘patrão’. A família, que soube no ano passado que Higino não tinha casa, quer ajudá-lo a regressar à terra natal. "À noite, quando ligo o aquecedor e me lembro que o meu tio está ao frio, corta-me o coração. Em Cabo Verde esperam pelo ‘filho perdido’", contou ao CM a sobrinha, Elisândia Camanho, que vive em Coimbra e que pediu ajuda à Associação Combatentes do Ultramar Português e à Comunidade Vida e Paz.
"Quero voltar, mas não quero ir de mãos a abanar. Não passo fome e estou na rua porque não quero incomodar a minha família", referiu Higino. Quando veio para Portugal, o cabo-verdiano trabalhou na construção civil, mas a falta de trabalho e a incapacidade em andar, devido a uma prótese numa perna, ‘empurraram-no’ para a rua. "Ele está recetivo. Aguardamos que nos dê os documentos para o levarmos ao médico e tratarmos da reforma", explicou António Parente, psicólogo da Comunidade Vida e Paz, acrescentando que Higino está referenciado pela Santa Casa.
cm
O cabo-verdiano vagueia pela zona da Alameda, em Lisboa, onde é conhecido por ‘patrão’. A família, que soube no ano passado que Higino não tinha casa, quer ajudá-lo a regressar à terra natal. "À noite, quando ligo o aquecedor e me lembro que o meu tio está ao frio, corta-me o coração. Em Cabo Verde esperam pelo ‘filho perdido’", contou ao CM a sobrinha, Elisândia Camanho, que vive em Coimbra e que pediu ajuda à Associação Combatentes do Ultramar Português e à Comunidade Vida e Paz.
"Quero voltar, mas não quero ir de mãos a abanar. Não passo fome e estou na rua porque não quero incomodar a minha família", referiu Higino. Quando veio para Portugal, o cabo-verdiano trabalhou na construção civil, mas a falta de trabalho e a incapacidade em andar, devido a uma prótese numa perna, ‘empurraram-no’ para a rua. "Ele está recetivo. Aguardamos que nos dê os documentos para o levarmos ao médico e tratarmos da reforma", explicou António Parente, psicólogo da Comunidade Vida e Paz, acrescentando que Higino está referenciado pela Santa Casa.
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