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Indicadores económicos sugerem melhoria da actividade

billshcot

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Nov 10, 2010
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A semana ficou marcada pela publicação de um conjunto alargado de indicadores económicos razoavelmente positivos.

A consolidação de um cenário de retoma gradual da economia é mais evidente nos EUA, mas também na zona euro, e a informação divulgada sugere que o ponto mais baixo do ciclo foi ultrapassado.

Começando pelos EUA, a surpresa de uma contracção de 0.1% em cadeia do PIB no quarto trimestre do ano, esconde alguns aspectos de suporte do crescimento em 2013. Com efeito, o movimento de contracção foi influenciado pela queda do consumo público - provavelmente reflexo de efeito estatístico relacionado com o forte crescimento dos gastos públicos no sector militar no 3T12 - e dos inventários, os quais, em conjunto, contribuíram com 2.6 pontos percentuais para a diminuição do produto naquele período. Todavia, o consumo privado e o investimento registaram desempenhos positivos, o que associado à diminuição dos inventários, sugere que a contracção nos últimos três meses do ano terá sido um evento pontual, mantendo-se intacta a perspectiva de retoma gradual da actividade.

A suportar um sentimento positivo para o crescimento no primeiro trimestre do ano, está o bom comportamento do indicador PMI de Chicago, que em Janeiro subiu para 55.6 face a 50.0 pontos em Dezembro, claramente indicando expansão da actividade no sector manufactureiro. Esta evolução reflecte melhorias em todas as componentes, salientando-se a recuperação da componente que avalia a produção que alcançou 60.9, contra 52.4 pontos no mês anterior, e a que avalia o emprego que passou de um nível indicativo de destruição de postos de trabalho (46.8 pontos) para outro que aponta para um nível confortável de criação de emprego (58 pontos). Ainda relativamente ao mercado de trabalho, refere-se que em Janeiro foram criados 157 mil postos de trabalho, menos do que o esperado pelos analistas, mas tem de se ter em conta que os dados relativos aos dois meses anteriores foram revistos em forte alta. A taxa de desemprego sofreu um ligeiro agravamento, tendo passado de 7.8% para 7.9%.

Permanecem, no entanto, alguns factores que poderão limitar a capacidade de crescimento da principal economia mundial. Estes factores relacionam-se sobretudo com os receios de que a adopção de uma política fiscal mais restritiva se traduza em diminuição do rendimento disponível das famílias e, consequentemente, abrandamento do consumo privado. Com efeito, o indicador de confiança dos consumidores calculado pelo Conference Board indica maior pessimismo, relacionado com a decisão de subida de impostos e descida de algumas despesas aprovada em Dezembro como forma de evitar o denominado precipício fiscal.

Na zona euro, tanto os indicadores que medem a actividade nos sectores das manufacturas e dos serviços, como os de sentimento publicados pela Comissão Europeia registaram melhorias em Janeiro, consolidando-se o sentimento que o ponto mais baixo do ciclo terá sido já ultrapassado. Mas tanto uns como outros continuam em níveis muito reduzidos e/ou indicativos de contracção da actividades, sugerindo que a actividade manter-se-á ainda debilitada nos primeiros três meses do ano.

Durante esta semana, destaca-se a reunião do BCE não se antecipando alterações nas actuais condições. Contudo, as declarações que acompanharão a decisão de política monetária na zona euro poderão alterar-se ligeiramente, sobretudo no que se refere à avaliação da situação económica.

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