GNR em tribunal por matar ladrão

A primeira sessão do julgamento do guarda da GNR José António Pinto, acusado de homicídio qualificado por ter morto a tiro um suspeito de furto de cobre, numa perseguição, em Reguengo do Fetal, Batalha, em 2010, ficou ontem marcada, no Tribunal de Porto de Mós, por contradições entre o seu depoimento em tribunal e as declarações prestadas à PJ e na reconstituição dos factos.

As contradições, que foram desvalorizadas pela Defesa, dizem respeito ao facto de o carro dos dois suspeitos ter ou não parado antes de passar pelo jipe da GNR e a trajetória que seguiu. Antes de disparar, o militar foi atingido no tornozelo direito, tendo as dores sofridas motivado também controvérsia.

O militar está a ser julgado por um tribunal de júri, constituído por quatro jurados e um coletivo de juízes, que ontem ouviu o condutor do carro suspeito, Sérgio Sousa, julgado à parte e condenado a um ano e nove meses de cadeia por furto de cobre e ofensas à integridade física. Terá ainda de indemnizar o guarda Pinto em mil euros por o ter ferido.

O arguido, 33 anos, disse ter disparado dois tiros em direção aos pneus do carro dos suspeitos, para evitar que fugissem. Quando se apercebeu que baleou um deles e o matou ficou em choque

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