billshcot
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O assassinato de um dos líderes da oposição mais críticos do governo islamita da Tunísia gerou ontem uma onda de revoltar popular que levou milhares de pessoas para as ruas, onde foram recebidas por granadas de gás lacrimogéneo e cargas policiais. Os confrontos vitimaram, pelo menos, um polícia.
Shokri Belaid, líder do Partido Democrático Nacionalista Unificado, um dos nove que integram a coligação Frente Popular, foi morto de manhã, à saída da sua casa, em Tunes, por um homem não identificado que terá escapado numa mota conduzida por um cúmplice.
Milhares de manifestantes montaram barricadas nas ruas da capital e entoaram os slogans da revolução que há dois anos derrubou a ditadura do presidente Zine El Abidine Ben Ali. A repetição não é casual, pois agora, tal como no Egito, muitos que combateram a repressão sentem-se traídos pelos governos islamitas, que acusam de instaurar novas ditaduras e de trair a ‘Primavera Árabe'.
A onda de revolta com a morte de Shokri alargou-se a outras cidades, como Mahdia, Sousse, Sfax, Monastir e Sidi Bouzid, onde foram atacadas sedes do Ennahda, partido do primeiro--ministro, Hamadi Jebali.
Este classificou o crime como "assassínio da revolução" e, em resposta aos protestos, anunciou a dissolução imediata do governo e a formação de um executivo de unidade nacional constituído por tecnocratas. O anúncio surgiu depois de a oposição unir forças com a Frente Popular e retirar, em bloco, os seus 90 deputados do Parlamento interino, dominado pelo Ennahda e aliados seculares, com 120 assentos.
cm
Shokri Belaid, líder do Partido Democrático Nacionalista Unificado, um dos nove que integram a coligação Frente Popular, foi morto de manhã, à saída da sua casa, em Tunes, por um homem não identificado que terá escapado numa mota conduzida por um cúmplice.
Milhares de manifestantes montaram barricadas nas ruas da capital e entoaram os slogans da revolução que há dois anos derrubou a ditadura do presidente Zine El Abidine Ben Ali. A repetição não é casual, pois agora, tal como no Egito, muitos que combateram a repressão sentem-se traídos pelos governos islamitas, que acusam de instaurar novas ditaduras e de trair a ‘Primavera Árabe'.
A onda de revolta com a morte de Shokri alargou-se a outras cidades, como Mahdia, Sousse, Sfax, Monastir e Sidi Bouzid, onde foram atacadas sedes do Ennahda, partido do primeiro--ministro, Hamadi Jebali.
Este classificou o crime como "assassínio da revolução" e, em resposta aos protestos, anunciou a dissolução imediata do governo e a formação de um executivo de unidade nacional constituído por tecnocratas. O anúncio surgiu depois de a oposição unir forças com a Frente Popular e retirar, em bloco, os seus 90 deputados do Parlamento interino, dominado pelo Ennahda e aliados seculares, com 120 assentos.
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