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Beja : ‘Casa dos horrores’ penhorada pelo BCP

billshcot

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Nov 10, 2010
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A casa onde, passa hoje um ano, o ex-bancário Francisco Esperança, de 59 anos, matou a golpes de catana a mulher, Benvinda, de 53, a filha, Cátia, de 28, e a neta, Maria, de apenas quatro, em Beja, deverá ser alvo nos próximos meses de um processo executivo com vista à sua penhora pelo Banco Comercial Português, que desde 27 de março de 2003 tem a hipoteca do 1º andar do imóvel no número 15 da rua de Moçambique.

Uma fonte ligada ao processo adiantou ao CM que a venda do imóvel, que está avaliado em 200 mil euros, é a única solução para liquidar as dívidas deixadas ao BCP (superiores a 150 mil euros) e aos fornecedores da loja de roupa interior que o casal possuía no centro da cidade.

"A casa está em nome de Benvinda, casada com Francisco, mas separada judicialmente de pessoa e bens. Os familiares dificilmente terão direito a herança. A viatura [uma carrinha Mercedes] está à guarda da família."

Segundo consta no processo arquivado, a família Esperança tinha na altura do crime as contas bancárias com saldo negativo e uma dívida superior a 300 mil euros. Francisco confessou à polícia que foi esse o motivo que o levou a matar a mulher, a filha e a neta. Queria livrá-las de mais uma vergonha e humilhação pública: em Beja, era conhecido que o homicida tinha estado preso há vinte anos por desviar dinheiro do banco onde trabalhava e que a filha, Cátia, tentou o suicídio depois de ter dado um desfalque numa seguradora.

Com a morte de Francisco Esperança a 16 de fevereiro – enforcou-se com um lençol na cela, no Estabelecimento Prisional de Lisboa – ficou sem resposta a suspeita de que a neta era fruto de uma relação incestuosa entre o homicida e a sua filha.

'MONSTRO' ENTERRADO COMO UM INDIGENTE EM BENFICA

O corpo de Francisco José Camacho Esperança foi reclamado no Instituto de Medicina Legal de Lisboa por uma pessoa próxima duas semanas depois do suicídio – António Fernando Teixeira é o nome do responsável pelo funeral. Mas o ‘Monstro de Beja’ acabou por ser enterrado como um indigente, no dia 6 de março de 2012, no cemitério de Benfica. Ficou na sepultura provisória 21/30, da secção 18. Não há nome, nem sequer uma flor. Dentro de cinco anos, os restos mortais serão levantados. A mulher, filha e neta foram enterradas no cemitério de Beja. As sepulturas continuam desprezadas. "De vez em quando põem uma flor. Pelo que sofreram, deviam ter uma campa bonita", diz uma mulher, enquanto limpa o jazigo da família.

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