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Orçamento europeu é "má notícia para Portugal"

billshcot

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Nov 10, 2010
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O secretário-geral do PS, António José Seguro, criticou hoje o primeiro-ministro por ter ficado "contente e feliz" com uma "redução de cerca de três mil milhões de euros" no financiamento para Portugal fixado no orçamento comunitário plurianual.

Pedro Passos Coelho manifestou a sua satisfação com o acordo sobre o orçamento comunitário plurianual hoje alcançado no Conselho Europeu, em Bruxelas, afirmando que os benefícios para Portugal superam mesmo os da proposta inicial da Comissão Europeia.

António José Seguro - que falava aos jornalistas no Porto à chegada à apresentação do livro do líder da distrital do PS/Porto, José Luís Carneiro, intitulado "Práticas Políticas de Desenvolvimento" - considerou que "Portugal e a Europa ficaram a perder com esta decisão" e que "numa altura em que a Europa precisa de mais economia, os líderes europeus decidem menos orçamento".

"E temos um primeiro-ministro que aceita essa redução do orçamento e fica contente e feliz também por uma redução de cerca de três mil milhões de euros, se os dados que eu tive conhecimento estão correctos, em relação ao financiamento no que diz respeito a Portugal. Esta é uma má notícia para a Europa, é uma má notícia para Portugal", considerou.

Para o secretário-geral do PS, era preciso "ter um orçamento com instrumentos importantes para que pudesse haver um ambiente propício ao dinamismo e ao crescimento económico e a criação de emprego".

Questionado sobre se já teria falado com o primeiro-ministro após o acordo em Bruxelas, António José Seguro garantiu que não e que os debates e as conversas que teve com Pedro Passos Coelho sobre este tema são públicos, isto é, os dois debates que houve no Parlamento.

"Devo-lhe dizer que se eu fosse primeiro-ministro teria tido outra atitude para com o líder da oposição", observou.

Interrogado se teria vetado este acordo se fosse primeiro-ministro, Seguro explicou que teria feito "uma coisa diferente do que o primeiro-ministro fez, isto é, lutado para que houvesse mais países e mais líderes europeus a lutarem numa fase inicial para que o orçamento pudesse ser mais robusto".

"Aquilo que me parece é que o primeiro-ministro se preparou muito mal para este debate e Portugal andou muito mal com aquilo que são as consequências desta decisão", criticou.

Sobre se irá dar alguma indicação de voto aos eurodeputados do PS, o líder socialista respondeu que "naturalmente" se vai "bater no interior da União Europeia e da família socialista europeia no sentido de haver um reforço daquilo que são os instrumentos financeiros de combate à crise".

"Nós precisamos de ambição, de instrumentos sólidos que correspondam a uma vontade política de combater a crise e não vejo isso na Europa, muito menos no primeiro-ministro português", disse.

Para António José Seguro "o Parlamento Europeu tem aqui um papel muito importante e muito relevante".

As quatro principais famílias políticas do Parlamento Europeu (PE) avisaram hoje os líderes dos 27 que rejeitam o orçamento comunitário hoje acordado em Bruxelas, depois de mais de 24 horas de negociações.

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