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Senador brasileiro em vias de ser destituído

billshcot

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Nov 10, 2010
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Depois de assumir pela segunda vez o importante e cobiçado cargo de presidente do Senado brasileiro, o senador Renan Calheiros arrisca-se a não conseguir mantê-lo por muito tempo. Um abaixo-assinado aberto por uma organização não governamental (ONG) contra a corrupção já reuniu mais de um milhão de assinaturas pedindo a destituição de Renan por corrupção.

Desde o dia 1 de Fevereiro, exactamente o dia em que Renan foi eleito para presidir ao Senado por dois anos com uma larga maioria, o abaixo-assinado já reuniu nada menos que um milhão e 12 mil assinaturas. A ideia dos promotores é chegar a um milhão trezentas e sessenta mil assinaturas, o equivalente a 1% do total de eleitores nas últimas eleições, o que forçará o Congresso a instaurar um processo contra Renan.

O objectivo da ONG não parece nada difícil, pois quem conseguiu mais de um milhão de assinaturas em poucos dias não deve demorar muito para conseguir as outras menos de 360 mil. O problema é fazer com que o Senado, totalmente dominado por Renan, afaste pela segunda vez o seu presidente, ardiloso e truculento.

Em 2007, quando também era presidente do Senado, Renan Calheiros foi forçado a renunciar depois de a imprensa ter divulgado que ele desviava verbas, tinha o seu nome ligado a vários escândalos de corrupção e, o que foi decisivo, tinha uma amante, a jornalista Mónica Veloso. Renan, absolutamente indiferente a denúncias, conseguiu manter-se no cargo até que a imprensa descobriu e denunciou que eram empresas privadas que pagavam a milionária pensão de alimentos a Mónica, com quem o senador tem uma filha.

Renan, que é adepto da postura de deixar que falem mal dele mas não deixar os cargos que tanto lhe rendem, foi forçado por aliados, que também sofriam o ónus de defenderem o amigo, a deixar o cargo de presidente, em troca de manter o mandato de senador, o que aconteceu. Depois de um tempo de ostracismo, em que se manteve discretamente afastado de qualquer polémica, Renan começou a articular a volta à presidência do Senado e conseguiu.

Oferecendo cargos e vantagens, ligando-se a outros acusados de irregularidades, Renan conseguiu vencer a disputa da presidência do Senado por esmagadora maioria dos votos. Mas a sua permanência no cargo está ameaçada desde o minuto seguinte à eleição.

Além do abaixo-assinado, a que talvez nem Renan nem o resto dos senadores dêem grande importância, o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, também ameaça o sonho de poder de Renan, e aí a coisa fica mais complicada. Gurgel avançou junto ao Supremo Tribunal Federal com um processo contra Renan, acusando-o, entre outras coisas, de desvio de verbas públicas e de ter falsificado documentos para justificar a imensa fortuna que acumulou nos últimos anos da sua actividade no Senado.

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