billshcot
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Enquanto muitos portugueses saem à rua para festejar o Carnaval, na ilha açoriana de São Miguel centenas de pessoas reúnem-se em bailes, sobretudo no Coliseu Micaelense, e dançam noite dentro em traje de gala.
A roupa formal - o smoking é obrigatório para os homens -- e o hábito de dançar a pares não impedem que os jovens se juntem aos pais ou mesmo aos avós. São os mais novos, aliás, os últimos a deixar a festa, de manhã, quando já cantam no meio da pista, mesmo sem as bandas a atuar.
A tradição manda também que se levem cestas com comida e bebida, por vezes enfeitadas, para 'aguentar' a noite. A música é sobretudo brasileira, mas a pista é aberta com a valsa e o repertório inclui êxitos pop e rock.
"São bailes de gala, realizados num edifício do início do século XX, com uma decoração surpreendente e música de qualidade. O ambiente é único, fazendo jus a uma tradição quase secular. São únicos na região, no país e, penso, no mundo", diz à Lusa o diretor do Coliseu Micaelense, Ricardo Pereira.
Os primeiros bailes do coliseu, em Ponta Delgada, foram realizados em 1921, numa época em que os eventos deste género decorriam em espaços como o Governo Civil ou o Club Micaelense, apenas com convidados ou sócios.
Antes, o coliseu assinalava o Carnaval com animação nos intervalos das sessões de cinema e, mais tarde, com espetáculos humorísticos.
Quase um século depois dos primeiros bailes -- que ao longo dos anos chegaram a ser três, entre as noites de sexta-feira e segunda-feira de Carnaval -, o espaço recebe, em cada festa, até 2.300 pessoas.
Os bailes de gala (que se tornaram comuns também na passagem de ano) chegaram a sofrer interrupções em alguns anos, mas desde a reabertura do coliseu em 2005, após obras, as festas foram sempre realizadas. A noite de segunda-feira, véspera de Carnaval, é o 'ponto alto'.
Ricardo Pereira conta que, até 2011, o Coliseu Micaelense "tinha sempre casa cheia nos seus bailes de Carnaval".
"Entretanto, a atividade cultural também foi atingida pela conjuntura económica e social atual, uma situação que tem sido contornada com a descida do valor dos bilhetes e também com o desenvolvimento de algumas campanhas", explica, referindo-se, por exemplo, ao desconto na compra antecipada de entradas.
Entre bilhetes individuais, mesas na pista, mesas nos balcões e camarotes (seis pessoas), os preços variam entre 30 e 285 euros
cm
A roupa formal - o smoking é obrigatório para os homens -- e o hábito de dançar a pares não impedem que os jovens se juntem aos pais ou mesmo aos avós. São os mais novos, aliás, os últimos a deixar a festa, de manhã, quando já cantam no meio da pista, mesmo sem as bandas a atuar.
A tradição manda também que se levem cestas com comida e bebida, por vezes enfeitadas, para 'aguentar' a noite. A música é sobretudo brasileira, mas a pista é aberta com a valsa e o repertório inclui êxitos pop e rock.
"São bailes de gala, realizados num edifício do início do século XX, com uma decoração surpreendente e música de qualidade. O ambiente é único, fazendo jus a uma tradição quase secular. São únicos na região, no país e, penso, no mundo", diz à Lusa o diretor do Coliseu Micaelense, Ricardo Pereira.
Os primeiros bailes do coliseu, em Ponta Delgada, foram realizados em 1921, numa época em que os eventos deste género decorriam em espaços como o Governo Civil ou o Club Micaelense, apenas com convidados ou sócios.
Antes, o coliseu assinalava o Carnaval com animação nos intervalos das sessões de cinema e, mais tarde, com espetáculos humorísticos.
Quase um século depois dos primeiros bailes -- que ao longo dos anos chegaram a ser três, entre as noites de sexta-feira e segunda-feira de Carnaval -, o espaço recebe, em cada festa, até 2.300 pessoas.
Os bailes de gala (que se tornaram comuns também na passagem de ano) chegaram a sofrer interrupções em alguns anos, mas desde a reabertura do coliseu em 2005, após obras, as festas foram sempre realizadas. A noite de segunda-feira, véspera de Carnaval, é o 'ponto alto'.
Ricardo Pereira conta que, até 2011, o Coliseu Micaelense "tinha sempre casa cheia nos seus bailes de Carnaval".
"Entretanto, a atividade cultural também foi atingida pela conjuntura económica e social atual, uma situação que tem sido contornada com a descida do valor dos bilhetes e também com o desenvolvimento de algumas campanhas", explica, referindo-se, por exemplo, ao desconto na compra antecipada de entradas.
Entre bilhetes individuais, mesas na pista, mesas nos balcões e camarotes (seis pessoas), os preços variam entre 30 e 285 euros
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