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Consultas nos SAP descem 33 por cento

billshcot

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Nov 10, 2010
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Os Serviços de Atendimento Permanente (SAP) da região realizaram menos 78 426 consultas até novembro de 2012, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Os dados, da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, refletem uma quebra de 33,80%, neste tipo de consultas.

"Sem uma análise aos dados, não podemos definir as razões para esta descida", referiu ao CM Martins dos Santos, presidente da ARS do Algarve, referindo, contudo, que a redução pode estar relacionada "com uma transferência dos utentes para as consultas nos centros de saúde e hospitais, que registaram um aumento" (ver caixa).

"Houve uma redução no número de imigrantes, que não têm médico de família e recorrem aos SAP e incentivaram-se as consultas domiciliárias", explicou, por seu lado, fonte do Ministério da Saúde. No entanto, a mesma fonte admitiu que a quebra pode dever-se a "uma retração no acesso aos serviços de saúde", relacionada com o aumento das taxas moderadoras. Refira-se que, já em 2011, os SAP da região tinham registado uma descida (14,31%) no número de consultas relativamente a 2010.

O aumento do preço dos serviços de saúde acabou por se refletir nas receitas da ARS, com as taxas moderadoras a renderem, em 2012, 4,31 milhões de euros – no ano anterior foram 2,48 milhões. Essa subida não foi suficiente para impedir uma diminuição nas receitas totais da ARS Algarve, que passaram de mais de 152 milhões, em 2011, para 139 milhões no ano passado. Ao mesmo tempo, verificou-se uma redução de 8,10% nos custos operacionais (passaram de 148 milhões, em 2011, para 136, no ano passado).

Segundo a Administração Regional de Saúde, registaram-se descidas nos custos com pessoal e no custo médio dos medicamentos faturados ao utilizador.

HÁ 159 MIL SEM MÉDICO DE FAMÍLIA

Mais de 30% das pessoas que se encontram inscritas nos centros de saúde do Algarve não dispõem de médico de família.

Segundo os últimos dados da Administração Central do Sistema de Saúde, respeitantes ao final de novembro do ano passado, a região contava com 523 344 utentes inscritos, dos quais 159 829 não tinham médico de família.

Em comparação com idêntico período do ano de 2011, o número de inscritos na região aumentou (mais 3516), registando, por outro lado, uma pequena diminuição (0,24%) no que respeita a pessoas sem médico de família.

O número de utilizadores dos centros de saúde sofre uma redução, passando de 293 358, em 2011, para 287 971, no ano passado (-1,84%).

AUMENTO NOS CENTROS DE SAÚDE

Por oposição ao que se passou com os SAP, os centros de saúde algarvios registaram um aumento no número de consultas (mais 5701 em 2012).

"Esta subida pode indicar uma transferência dos utentes dos serviços de urgência para as consultas nos centros de saúde e hospitais", refere Martins dos Santos, realçando que essa alteração "é desejável".

Por outro lado, o responsável máximo da ARS Algarve refere ainda a criação das "consultas abertas, para quem não tem médico de família", como outro dos fatores que pode explicar a redução verificada nos SAP. Martins dos Santos, no entanto, destaca que os dados não foram objeto de análise, pelo que não se pode avançar uma explicação definitiva para o fenómeno.

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