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Processo até conclave e a frase "Habemus Papam" poderá demorar 15 dias

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Urnas de voto para a eleição do papa



O processo de eleição do sucessor de Bento XVI, que culmina com o tradicional fumo branco na chaminé da Capela Sistina e a frase "Habemus Papam", é dominado pelo Conclave de Cardeais que deverá decorrer, previsivelmente, em março.

"A experiência deixa antecipar cerca de 15 dias para a eleição. Por isso podemos prever que em março teremos um novo papa", disse esta segunda-feira o porta-voz do Vaticano, o padre Frederico Lombardi, ao comentar a renúncia de Bento XVI, de 85 anos.

Eleito há menos de oito anos, a 19 de abril de 2005, Bento XVI não participará no conclave de eleição do seu sucessor mas acabará por ter influência indireta na escolha, tanto pelo facto de ter contribuído para a escolha dos 120 cardeais "eleitores" como por ter alterado as regras de eleição.

O número 1024 do Código da Lei Canónica determina que qualquer homem batizado é elegível para o cargo mas desde 1378 o papa tem sido sempre eleito entre os membros do Colégio de Cardeais.

João Paulo II tinha alterado as regras do conclave para permitir uma eleição por maioria simples mas Bento XVI alterou as regras, pouco depois de ser eleito, recuperando o modelo tradicional que requer uma maioria de dois terços.

Normalmente cabe ao cardeal camerlengo - que assume o cargo de chefe temporário da Igreja Católica - com o apoio de três cardeais, organizar o processo eleitoral para a sucessão de Bento XVI, que anunciou esta segunda-feira, durante um consistório no Vaticano, a resignação devido "à idade avançada".

A lei canónica determina que o conclave eleitoral se deve reunir pelo menos 15 dias, mas não mais de 20 dias, após a morte ou renúncia do papa, especificamente neste caso entre os dias 15 e 20 de março, já que Bento XVI abandona formalmente o cargo às 20 horas de 28 de fevereiro.

"A partir do dia 28 de fevereiro de 2013, às 20 horas (19 horas em Lisboa), a sede de Roma, a sede de S. Pedro vai ficar vaga e deverá ser convocado, através daqueles que têm competências, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice", disse o próprio Bento XVI.

Normalmente o processo começa na manhã do primeiro dia do conclave, com os cardeais a participarem na eucaristia "pro elegendo Papa" antes de se deslocarem para a Capela Sistina onde decorrerão as votações que escolherão o novo papa.

À entrada no conclave os cardeais devem fazer um juramento de sigilo, sendo a excomunhão automática a penalidade por quebrar esse juramento.

A votação é por voto secreto, os cardeais não podem votar em si próprios e estão previstas um máximo de quatro votações por dia - duas de manhã e duas à noite - até que haja suficiente apoio para um sucessor.

Num processo demorado e carregado de ritual, os cardeais aproximam-se, um por um, da urna para depositar o seu voto - processo que demora uma hora. Outra hora é gasta na contagem em si, já que cada um dos boletins é levantado e o nome nele indicado é lido para todos os presentes.

Nos últimos conclaves, os primeiros escrutínios raramente têm sucesso, com um leque alargado de candidatos e nenhum com a maioria necessária para a primeira fase da eleição.
Progressivamente, a lista de candidatos vai-se reduzindo até que haja dois ou três com mais apoio e, finalmente, a consolidação em torno do futuro pontífice.

Dada a natureza do escrutínio, os candidatos que merecem muito apoio em votações iniciais podem acabar por ser afastados da corrida, na tentativa de encontrar um cardeal 'alternativo' que satisfaça os grupos mais divididos.

No conclave de eleição de Bento XVI e para evitar confusão na análise da cor do fumo em conclaves anteriores - incluindo no de João Paulo II - foi reforçada a forma como os boletins são queimados, usando agentes de coloração e botijas da força aérea italiana.

O forno onde são queimados os boletins de voto foi usado pela primeira vez em 1939 e a chaminé, de cerca de meio metro de diâmetro, passa por um teto falso construído na 2ª Guerra Mundial para proteger os frescos que dominam a Capela Sistina.

No caso de sucesso, o fumo branco aparecerá imediatamente após o escrutínio, no caso de insucesso o fumo preto sairá ao fim de cada duas votações, esperando-se normalmente às 12 horas e às 19 horas locais.

Cada dia do Conclave começa, normalmente, com uma missa na capela de Santa Marta, cerca das 7.30 horas locais (6.30 horas em Portugal continental), devendo os cardeais entrar na Capela Sistina às 9 horas (8 horas em Portugal continental).

O grupo interrompe as deliberações para almoço, depois do primeiro sinal de fumo do dia, regressando às 16 horas (15 horas em Lisboa) para mais duas rondas de escrutínio, antes do segundo e último sinal de fumo do dia.

Uma vez eleito um cardeal, ser-lhe-á perguntado aceita ser papa e por que nome deseja ser conhecido, tornando-se de imediato Pontifex Maximus, ou Pontífice Romano.

O decano do Colégio dos Cardeais desloca-se, em seguida, para a varanda principal do Vaticano e declara ao mundo: "Habemus Papam!" (Temos Papa, em latim).

O novo papa aparecer depois na varanda onde oferece a sua primeira bênção apostólica.


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Boletim de voto






JN
 
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