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Mais de um milhão sem subsídio

billshcot

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Nov 10, 2010
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Portugal já tem cerca de 1,5 milhões de desempregados. Os dados ontem revelados apontam para uma taxa de desemprego oficial de 16,9%, representativa de 923,2 mil pessoas sem trabalho; mas se tomarmos em conta os que já desistiram de procurar emprego, o número sobe para 1,44 milhões de portugueses sem trabalho. Dado que em dezembro apenas 400 mil desempregados recebiam subsídio, há mais de um milhão de pessoas sem trabalho e sem subsídio de desemprego.

Isto significa que apenas 27% dos desempregados recebem esta prestação social. Com uma tendência de agravamento destes números, como admite o Governo, a taxa real de desemprego no último trimestre de 2012 foi de 25%. Os números oficiais, ontem revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, sobre o último trimestre de 2012, apontam ainda para que uma vez no desemprego, é cada vez mais difícil regressar ao mercado de trabalho. Há 330 mil portugueses nos números oficiais que estão desempregados há mais de dois anos, mais 30% do que em 2011. Para o economista Eugénio Rosa, "há pessoas há anos no desemprego, sem ajuda do Estado, e que não conseguem trabalho. Dantes ainda pediam a reforma antecipada, mas agora nem isso podem", explica. Para o especialista, a tendência mostra que "o desemprego ainda continuar a aumentar para além das previsões do Governo".

Fora das estatísticas do desemprego estão cerca de meio milhão de portugueses sem trabalho. São pessoas que vivem de biscates, ou que se resignaram ao facto de não encontrarem emprego e deixaram de procurar. O INE aponta para sinais de que o mercado de trabalho continua apertado: apenas um em cada quatro desempregados foi a uma entrevista de trabalho entre outubro e dezembro último, e menos de metade foi a um centro de emprego para conseguir trabalho.

A licenciatura continua a não ser uma garantia de emprego, e 148 mil doutores estavam desempregados o ano passado. É um aumento de 110 portugueses com estudos superiores por dia a caírem no desemprego face a 2011.

Em termos nacionais, cinco das sete regiões portuguesas apresentam taxas de desempregos superiores à média nacional. O Algarve lidera, com um desemprego recorde de 19,7%, o mesmo que a Madeira. Lisboa está em terceiro, com o desemprego a afetar 18,7% da população ativa. No mercado de trabalho, o ano passado foram destruídos 204 mil postos de trabalho, e o subemprego de trabalhadores a tempo parcial aumentou 9,6%.

CUSTOS SUPERAM 1100 MILHÕES

O desemprego custou à Segurança Social mais de 1100 milhões de euros no ano passado, face ao ano anterior. Às perdas nas contribuições, em torno dos 672 milhões de euros, soma-se o aumento dos custos com os subsídios de desemprego e apoio ao emprego, que foram superiores a 489 milhões de euros em 2012, de acordo com a Execução Orçamental.

A conta da Segurança Social mostra assim o impacto do agravamento do desemprego que não só perde receitas por via das contribuições, como se agrava com o aumento das prestações sociais. No total, foram pagos em 2012 cerca de 2,6 mil milhões de euros em subsídios de desemprego e apoio ao emprego.

Sempre que um trabalhor é despedido, deixam de entrar nos cofres da Segurança Social 34,75 euros por cada cem euros de salário auferido. Este valor corresponde à taxa paga pela entidade empregadora (23,75 por cento) e pelo trabalhor (11 por cento).

Entretanto, o Governo decidiu este ano, no âmbito do Orçamento do Estado, aplicar uma contribuição extraordinária de seis por cento sobre o valor do subsídio de desemprego. Apenas não são penalizados os casos em que o subsídio de desemprego é majorado em 10%, nem as prestações do subsídio social de desemprego inicial ou social de desemprego.

DESEMPREGO DOS JOVENS JÁ ESTÁ NOS 40%

A taxa de desemprego entre os jovens continua a subir e chegou no quarto trimestre aos 40%. São 165 mil pessoas entre os 15 e os 24 anos, um terço das quais no Norte do País, diz o INE. Eram 156,3 mil no mesmo trimestre de 2012, uma taxa de 35,4%.

PASSOS ADMITE AUMENTO AINDA ESTE ANO

Os números do desemprego são "preocupantes" e "muito elevados" , mas estão "razoavelmente em linha" com as previsões do Governo, admitiu ontem o primeiro-ministro. Passos Coelho diz que a taxa irá ainda crescer este ano, antes de haver uma inversão de tendência.

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