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Mais medidas podem causar desastres irreparáveis às pessoas

billshcot

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Nov 10, 2010
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Um novo corte no preço dos remédios vai limitar o acesso dos doentes aos tratamentos e agravar o desemprego na indústria farmacêutica.

Numa altura em que o Governo e a Apifarma estão a negociar novas metas de redução da despesa com medicamentos, João Almeida Lopes não revela até onde está disposto a ceder para renovar o acordo para 2013. Mas diz que a meta de 333 milhões de euros é "irrealista" e "inalcançável". "Percebe-se mal que se tomem medidas sem que se acautele os impactos e sem se pensar quais são as alternativas", critica.

O Conselho de Ministros aprovou mais medidas para os medicamentos, com um corte médio estimado de 8% nos preços. Há margem para voltar a descer os preços dos remédios vendidos nas farmácias?


Não temos conhecimento exacto do pacote legislativo que o Governo aprovou. Fizemos os nossos comentários ao ‘draft' que nos foi apresentado, nalguns casos apresentámos sérias reservas do impacto que poderia vir a ter, questionámos se o impacto teria sido devidamente estudado... Na verdade, quando olhamos para os medicamentos vendidos nas farmácias, o que temos vindo a assistir é uma degradação muito grande de toda a cadeia do medicamento. Não só farmacêuticas, mas também dos distribuidores e das farmácias. Aconselharia [o Governo] a não tomar medidas legislativas adicionais, sob pena de causar desastres irreparáveis às pessoas, no que respeita ao acesso aos medicamentos, quer aos agentes económicos da área da saúde.

Pode ser mais específico quando fala em desastres ?

Temos vindo a ter problemas muito sérios em termos de emprego. No final de 2010 teríamos cerca de 12.500 pessoas [a trabalhar nas empresas farmacêuticas em Portugal], no final de 2012 seriam cerca de nove mil, e se continuarmos por esta senda de cortes indiferenciados, onde os impactos não são acautelados nem sequer estudados, corremos o risco de no final de 2013 não termos mais de sete mil colaboradores. Pelas contas do Ministério da Saúde, nestes dois últimos anos, só nos medicamentos a redução [da despesa] foi superior a 600 milhões de euros. Não estou a ver muitas áreas da Administração Pública onde tenham existido poupanças neste montante, se é que existe alguma área onde tenha havido alguma poupança dessas. E para além das poupanças, as empresas farmacêuticas entregaram ao Estado um montante próximo dos 100 milhões de euros no final de 2012.

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