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Loja de aplicações Android fornece dados pessoais dos utilizadores a terceiros

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Um programador australiano revelou que a Google lhe forneceu dados pessoais dos utilizadores de Android que descarregaram a sua aplicação. O caso está a levantar questões sobre as políticas de privacidade praticadas pela Google na loja de aplicações para o Android, Google Play.

De acordo com a Reuters, a Google forneceu ao programador o nome completo dos utilizadores, o email e os códigos postais das moradas – algo que não resultou de uma falha do software. A agência refere que se trata de algo que faz parte das políticas da Google para a loja Play e para o serviço Google Wallet. Os críticos acreditam que a empresa não é clara o suficiente ao informar os consumidores sobre esta prática.

O programador Dan Nolan contou a história no seu blogue na quinta-feira. "Isto é um lapso massivo da Google. Sob nenhuma circunstância eu deveria conseguir obter a informação das pessoas que compram as minhas aplicações, a não ser que tenham optado por isso e que seja tornado claro para elas que eu tenho acesso a esta informação."

A aplicação de Nolan tem sido uma das mais populares na loja App Store da Apple, para iPhone, e o programador só a lançou recentemente para Android. A aplicação é lúdica, gerando insultos automáticos ao estilo de um político australiano.

Nolan disse à Reuters que a Google age como um mercado quando a aplicação é comprada, pelo que as transações ocorrem diretamente entre o programador e o comprador.
"Da forma que o sistema está desenhado, a informação não é o que o utilizador esperaria fornecer", explica Nolan. "Se você compra alguma coisa na loja iOS, compra-a à Apple, e eles passam o dinheiro ao programador."

Marc Rotenberg, diretor executivo do Electronic Privacy Information Center, diz à Reuters que a Google enterrou a declaração sobre como partilha a informação pessoal dos utilizadores em letras miúdas, em vez de obter o consentimento expresso dos utilizadores.
"Consentimento significativo é quando as pessoas entendem no que se estão a meter. Tem que ver com não enganar as pessoas", diz Rotenberg. "Numa situação como esta, em que as pessoas simplesmente não sabem que informação está a ser transferida ou a quem é dada ou para que fim, parece ridículo dizer que a Google obteve consentimento."

A declaração de privacidade do serviço Google Wallet estabelece que a Google irá partilhar a informação pessoal dos utilizadores com outras empresas "conforme necessário para processar a sua transação e manter a sua conta."
A App Store da Apple não funciona assim. A empresa partilha apenas informação generalista sobre o número de descargas. Não fornece qualquer informação, nem o email, salvo no caso de assinaturas de jornais ou revistas caso os utilizadores concordem com isso.

Numa reação por email, a Google disse que "a Google Wallet partilha a informação necessária para processar as transações, e isto é claramente estabelecido na política de privacidade da Google Wallet."

Barry Schwartz, programador e editor do site Marketing Land, disse que estava contente com a política da Google de fornecer informações sobre os clientes, visto que torna muito mais fácil aos programadores lidarem com questões de suporte ao cliente (devolução de dinheiro, por exemplo). "Eu quero poder dar suporte aos meus clientes, e sim, eles são meus clientes, não da Google nem da Apple. Eles descarregam os nossos produtos."

Não é o entendimento de Joel Reidenberg, diretor do Center on Law and Information Policy da faculdade de Direito da Universidade de Fordham. Ele considera que todos os fornecedores destes serviços têm de ser mais transparentes. "Quando você compra uma aplicação, poderá ver um pop-up que lhe diz qual a informação que vai para os programadores das aplicações", disse.

Nolan escreve no blogue: "Deixem-me tornar isto claro como a água, todas as compras que vocês fazer na Google Play dão ao programador o vosso nome, localidade e endereço de email sem qualquer indicação de que esta informação está a ser partilhada. Com a informação a que acedo no portal de check-out, posso identificar e acossar os utilizadores que deixaram críticas negativas ou pediram o reembolso da aplicação. O problema nas permissões da aplicações Android (além do potencial subsequente de malware) é um dos comportamentos negativos da parte de um programador.

Não é disso que se trata aqui. Isto é um lapso massivo da Google."







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