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Camarate : Negócio fechado após tragédia

billshcot

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Nov 10, 2010
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Os registos militares e da direção nacional de armamento, entre dezembro de 1980 e janeiro de 1981, revelam que um dia depois da tragédia de Camarate – que vitimou os então primeiro-ministro, Sá Carneiro, e o ministro da Defesa, Amaro da Costa –, a direção nacional de armamento dá entrada de um ofício, classificado, de exportação de material de guerra para o Irão, na altura um país com embargo internacional. A 2 de dezembro, dois dias antes de morrer, Amaro da Costa, com a tutela do armamento, exigiu explicações sobre o processo.

Segundo um relatório da inspeção-geral das Finanças, de 2004, há uma sequência cronológica de ofícios importantes para o eurodeputado do CDS Nuno Melo, na comissão de inquérito à tragédia, e que se inicia com um pedido de explicações do então ministro da Defesa.

Após a morte do ministro, no dia 9, lê-se: "Exportação de material de guerra para o Irão - Para conhecimento". A 26 de janeiro de 1981 surge nova confirmação da operação.

FREITAS DO AMARAL OUVIDO

Freitas do Amaral será ouvido no próximo dia 19 de fevereiro na X comissão de inquérito a Camarate, na qualidade de ministro dos Negócios Estrangeiros no VI governo constitucional, ou seja, entre 1980 e 1981.

Em março de 2011, Freitas do Amaral defendeu que o inquérito deveria seguir o rasto do extinto fundo Ultramar e perceber o que diziam as suas contas e relatórios. O ex-governante acrescentou que Ramalho Eanes, ex-presidente da República, poderia dar pistas sobre o fundo, tendo o visado manifestado já vontade de falar à comissão.

Quem fez declarações polémicas neste processo foi o antigo ministro da Defesa Castro Caldas, ao sustentar que o fundo serviu o ‘saco azul' e financiou Jonas Savimbi, da UNITA.

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