billshcot
Banido
- Entrou
- Nov 10, 2010
- Mensagens
- 16,633
- Gostos Recebidos
- 156
Em 2012 foram detidos nos aeroportos portugueses 182 correios de droga provenientes do estrangeiro, segundo dados da Polícia Judiciária (PJ), que admite que o número de pessoas disponíveis para fazer este tipo de tráfico está a aumentar.
"Há mais gente disponível para fazer transportes. O campo de recrutamento para correios de droga aumentou. Alargou-se o espetro, a idade e a classe social", afirmou à Lusa o inspetor chefe da PJ Rui Sousa.
A um transportador podem ser prometidos cinco mil ou 10 mil euros por apenas uma viagem, dependendo da quantidade transportada e do país de origem.
Segundo este responsável é a "necessidade de dinheiro" que faz com que a disponibilidade para traficar esteja a aumentar, embora "os correios de droga não fiquem ricos".
No entanto, sublinha não ter dados disponíveis para afirmar que a crise potencia o tráfico de droga.
Certo é que só em 2012 foram apreendidos nos aeroportos portugueses, essencialmente Lisboa e Porto, 600 quilogramas de cocaína e cinco quilogramas de heroína, transportados dentro do organismo, no corpo ou nas malas.
A maioria (42,9%) transportava a droga nas malas, 23,1% dissimulada na roupa ou junto ao corpo e 18,1% dentro do organismo, através da ingestão de "bolotas" com droga.
Trata-se de invólucros revestidos com fita-cola, com preservativos e por vezes até com cera para ajudar a vedar o material e torná-lo resistente à corrosão pelos ácidos do estômago.
Ainda assim, "há bolotas que são uma autêntica bomba relógio. Há uma panóplia de fatores que podem desencadear o rebentamento, pelo que os correios de droga estão sempre em risco", afirmou Rui Sousa, acrescentando que em 2012 houve pelo menos duas mortes.
Também no ano passado, a PJ fez a maior apreensão de droga de sempre transportada dentro do organismo por um passageiro, que carregava mais de três quilos de cocaína distribuídos por cerca de 180 "bolotas".
Segundo o inspetor, esta é uma situação "completamente fora do comum", já que normalmente transportam entre 800 e 1.000 gramas de droga.
Em alguns casos as "bolotas" são também introduzidas por via vaginal ou anal, uma prática normalmente cumulativa com a ingestão, "para rentabilizar o organismo", adiantou.
Dos 182 correios de droga detidos no ano passado em Portugal, o inspetor adiantou que 29,1% eram portugueses, 16,5% espanhóis, 12,1% brasileiros e 7,7% da Guiné-Bissau, sendo os restantes de diversas outras origens.
No mesmo período, foram detidos 145 portugueses em aeroportos estrangeiros por tráfico de droga, essencialmente no Brasil, em Espanha e no Peru.
"O tráfico é uma realidade que irá sempre crescer. É uma realidade difícil de combater, porque Portugal tem muitas ligações ao estrangeiro, sobretudo ao Brasil e África, onde há muita cocaína", afirmou Rui Sousa.
O inspetor chefe especificou que, precisamente por se tratar destes países, é essencialmente a cocaína que tem passagem nos aeroportos.
"Brasil é um ponto de saída de cocaína para a Europa e Portugal é a porta de entrada, porque temos muitos voos diários, para vários destinos desse país (entre 10 e 12 voos por dia). Os outros países da Europa têm apenas um", afirmou.
O tráfico de heroína faz-se mais facilmente por via terrestre, oriundo sobretudo do crescente fértil (países do médio oriente), especificou o responsável.
Segundo Rui Sousa, são poucos os casos de detenção por denúncia, já que cerca de 95% partem da investigação policial.
cm
"Há mais gente disponível para fazer transportes. O campo de recrutamento para correios de droga aumentou. Alargou-se o espetro, a idade e a classe social", afirmou à Lusa o inspetor chefe da PJ Rui Sousa.
A um transportador podem ser prometidos cinco mil ou 10 mil euros por apenas uma viagem, dependendo da quantidade transportada e do país de origem.
Segundo este responsável é a "necessidade de dinheiro" que faz com que a disponibilidade para traficar esteja a aumentar, embora "os correios de droga não fiquem ricos".
No entanto, sublinha não ter dados disponíveis para afirmar que a crise potencia o tráfico de droga.
Certo é que só em 2012 foram apreendidos nos aeroportos portugueses, essencialmente Lisboa e Porto, 600 quilogramas de cocaína e cinco quilogramas de heroína, transportados dentro do organismo, no corpo ou nas malas.
A maioria (42,9%) transportava a droga nas malas, 23,1% dissimulada na roupa ou junto ao corpo e 18,1% dentro do organismo, através da ingestão de "bolotas" com droga.
Trata-se de invólucros revestidos com fita-cola, com preservativos e por vezes até com cera para ajudar a vedar o material e torná-lo resistente à corrosão pelos ácidos do estômago.
Ainda assim, "há bolotas que são uma autêntica bomba relógio. Há uma panóplia de fatores que podem desencadear o rebentamento, pelo que os correios de droga estão sempre em risco", afirmou Rui Sousa, acrescentando que em 2012 houve pelo menos duas mortes.
Também no ano passado, a PJ fez a maior apreensão de droga de sempre transportada dentro do organismo por um passageiro, que carregava mais de três quilos de cocaína distribuídos por cerca de 180 "bolotas".
Segundo o inspetor, esta é uma situação "completamente fora do comum", já que normalmente transportam entre 800 e 1.000 gramas de droga.
Em alguns casos as "bolotas" são também introduzidas por via vaginal ou anal, uma prática normalmente cumulativa com a ingestão, "para rentabilizar o organismo", adiantou.
Dos 182 correios de droga detidos no ano passado em Portugal, o inspetor adiantou que 29,1% eram portugueses, 16,5% espanhóis, 12,1% brasileiros e 7,7% da Guiné-Bissau, sendo os restantes de diversas outras origens.
No mesmo período, foram detidos 145 portugueses em aeroportos estrangeiros por tráfico de droga, essencialmente no Brasil, em Espanha e no Peru.
"O tráfico é uma realidade que irá sempre crescer. É uma realidade difícil de combater, porque Portugal tem muitas ligações ao estrangeiro, sobretudo ao Brasil e África, onde há muita cocaína", afirmou Rui Sousa.
O inspetor chefe especificou que, precisamente por se tratar destes países, é essencialmente a cocaína que tem passagem nos aeroportos.
"Brasil é um ponto de saída de cocaína para a Europa e Portugal é a porta de entrada, porque temos muitos voos diários, para vários destinos desse país (entre 10 e 12 voos por dia). Os outros países da Europa têm apenas um", afirmou.
O tráfico de heroína faz-se mais facilmente por via terrestre, oriundo sobretudo do crescente fértil (países do médio oriente), especificou o responsável.
Segundo Rui Sousa, são poucos os casos de detenção por denúncia, já que cerca de 95% partem da investigação policial.
cm