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Professores admitem endurecer formas de luta

billshcot

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Nov 10, 2010
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Os professores estão dispostos a endurecer as formas de luta, que podem passar por greves, manifestações ou vigílias, afirmou hoje o líder da Fenprof, à porta do Ministério da Educação.

No último dia da semana dos professores "de luto em luta", o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, fez um balanço das actividades desenvolvidas nas escolas, garantindo que a luta não acabou.

À porta do ministério, em Lisboa, Mário Nogueira contou aos jornalistas que percebeu que "há uma grande disponibilidade dos professores para lutas que sejam mais do que denúncias, que tenham outro tipo de dureza".

Além da presença na manifestação nacional de 15 de março, admitem avançar com "greves, manifestações, abaixo-assinados e vigílias": "Tudo poderemos vir a fazer", alertou.

As medidas serão decididas nas escolas. Haverá um Dia D "para que os colegas digam quais os compromissos de luta que assumem, sendo que, perante a situação que hoje se vive, todas as situações estão em cima da mesa".

Já pensado está um périplo pelo país, durante a segunda quinzena de maio: a Fenprof irá de norte a sul, "distrito a distrito", para discutir, com todos os interessados, os problemas do setor.

Mário Nogueira recordou ainda os temas "explorados" ao longo da semana, como a redução de cerca de 30 mil professores nos últimos dois anos (na segunda-feira) ou a redução média de 30% dos salários, em apenas três anos (na terça).

Hoje alertaram para "os horários de trabalho dos professores portugueses que estão acima da média dos países da OCDE", disse o presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, António Avelãs.

Os professores portugueses que dão aulas no primeiro ciclo têm, em média, mais 100 horas de trabalho do que os seus colegas europeus: "A média europeia dos professores do primeiro ciclo é de 1182 horas por ano, enquanto em Portugal a média é de 1282 horas", disse António Avelãs, baseando-se nos dados do relatório "Education at a Glance", de 2011, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

No 3.º Ciclo, a diferença é de 110 horas e, no secundário, a diferença é de apenas duas horas.

"A campanha lançada há alguns anos, segundo a qual os professores e educadores portugueses trabalhariam menos horas é manifestamente falsa, ridícula e não tem qualquer suporte nos dados oficiais divulgados", criticou António Avelãs.

O início do protesto foi marcado por uma ação no edifício do ministério, no Palácio das Laranjeiras, onde os professores colocaram faixas negras e pediram informações sobre a reunião solicitada à tutela, no ano passado.

No final do primeiro dia da semana "de luto em luta", a Fenprof foi informada de que seria recebida na próxima terça-feira.

O encontro com os sindicalistas passou então a constar da agenda do secretário de Estado João Casanova, já que o ministro Nuno Crato estará na China, durante a próxima semana.

No entanto, Mário Nogueira garantiu hoje que só aceita reunir-se com Nuno Crato: "Se o senhor ministro não estiver, ficaremos até que seja marcada a data. Estaremos aqui para reunir com o ministro de Educação e é pelo ministro que queremos ser recebidos. Admitimos passar a permanecer aqui", afirmou o secretário-geral da Fenprof.

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