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Regresso aos mercados é um trunfo na avaliação

billshcot

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Nov 10, 2010
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Portugal deu, no final de Janeiro, um passo importante para atingir um dos maiores objectivos do programa.

Um dos principais objectivos do programa da ‘troika' é que Portugal consiga recuperar o acesso aos mercados para se financiar. E, no final de Janeiro, oEstado deu um passo importante para atingir esse objectivo, ao regressar pela primeira vez desde o pedido de ajuda aos mercados de dívida de médio prazo, através da emissão de obrigações a cinco anos. A maioria da colocação de dois mil milhões de euros ficou nas mãos de investidores estrangeiros e o juro ficou abaixo de 5%. Antes da emissão, o líder da missão do FMI em Portugal,Abebe Selassie, referiu que uma operação deste tipo seria muito bem-vinda.

Após ter aproveitado a janela de oportunidade que se abriu em Janeiro, com os investidores a terem uma visão mais positiva dos países periféricos, o desafio passa por emitir dívida de mais longo prazo. Mas, o efeito positivo que se viveu nos mercados em Janeiro perdeu força nas últimas semanas, devido à instabilidade política em Espanha, às eleições italianas e aos indicadores pior que o esperado tanto em Portugal como na zona euro. Assim, a taxa que os investidores exigiam para deter dívida portuguesa a dez anos no mercado secundário passou de um mínimo de 5,82% a 23 de Janeiro para os actuais 6,28%. Apesar do valor elevado, o presidente da agência que gere o crédito público, João Moreira Rato, referiu na semana passada que é plausível fazer-se uma emissão a dez anos ainda este ano. Já o ‘timing' dessa operação dependerá de condições de mercado mais favoráveis e de haver apetite de investidores.

O objectivo de emitir em vários prazos diferentes é justificado para Portugal poder ganhar a elegibilidade para o programa de compra de dívida pública no mercado secundário do BCE.Para apoiar a dívida de um país, Frankfurt exige acesso regular ao mercado. Na sexta-feira, um membro do BCEreferiu que Portugal deu passos importantes para poder vir a beneficiar do programa de compra mas que ainda não reúne as condições necessárias para aceder ao apoio do BCE.

Além da emissão de dívida de mais longo prazo, Portugal conta fazer operações de troca de dívida para diminuir as pressões de refinanciamento e incentivar o investimento de particulares em dívida pública.

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